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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O movimento mundial dos indignados da Terra começou com os zapatistas

O movimento zapatista sempre produziu reflexos não apenas nas demandas do México, mas também de outras partes do mundo. Nas palavras do seu líder, o subcomandante insurgente Marcos – é assim que ele assina -, “o mérito do EZLN é ter encontrado a frequência de comunicação capaz de produzir esse reflexo amplo”.
Por isso faz muito sentido a afirmação do título da matéria aqui reproduzida.

A publicação é do IHU Notícias, 09-01-2012


''O movimento mundial dos indignados da Terra começou com os zapatistas''

Dois dos intelectuais mais renomados do México, Luis Villoro e Pablo González Casanova, fiéis à sua convicção zapatista, saudaram a luta do EZLN [Exército Zapatista de Libertação Nacional] em seu 18º aniversário e, embora ambos não pudessem estar fisicamente por motivos de saúde, enviaram sua participação ao II Seminário Internacional de Reflexão e Análise: "Planeta Terra: Movimentos Antissistêmicos".

A reportagem é de Alejandro González Ledesma e Marcela Salas Cassani, publicada no sítio Desinformemonos.org. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O filósofo Luis Villoro, com quem o subcomandante Marcos recentemente manteve um intercâmbio de cartas sobre Ética e Política, felicitou "os companheiros zapatistas" pelo aniversário de sua insurreição, "esperando que as profecias maias nos surpreendam de forma positiva".

Por sua parte, Pablo González, sociólogo e ex-reitor da UNAM, assinalou em uma conferência enviada especialmente para o encontro: "Pensemos na imensa mobilização dos indignados e dos 'ocupas' que lutam por outro mundo possível. Hoje – escrevem admirados dois professores ingleses –, a mobilização é gigantesca. Nunca se haviam dado conta dessa magnitude, e toda a mobilização começou (acrescentam) nas selvas de Chiapas com princípios de inclusão e de diálogo".

González Casanova acrescentou que "serão cada vez mais aqueles que, no mundo inteiro, lutam pelo que, em 1994, parecia ser apenas uma 'rebelião indígena pós-moderna'".

Fusões batem recorde no setor de educação

Como diz o Zé Ramalho: “He, he, vida de gado; povo marcado, he, povo feliz”...
A marcação já vem de baixo, desde a educação e a formação. Passa pela informação, pela cultura, pelo trabalho e vai por aí a fora.
Como não ser um povo marcado, com o ensino na mão de grupos empresariais, estrito senso. Ou seja, que visam apenas o "negócio", o lucro e a acumulação capitalista.
Publicação IHU Notícias - 09-01-2012
O movimento de fusões e aquisições no setor de ensino privado bateu recorde no ano passado. Só as operações - cerca de 20 - realizadas por quatro empresas de capital aberto movimentaram R$ 2,4 bilhões. No total, ocorreram 27 transações, mas não há dados precisos sobre as que envolveram instituições menores e de capital fechado. Nunca houve um valor tão alto no país, pelo menos desde 2007, quando os grandes grupos de ensino começaram a abrir seu capital e passaram a tornar públicas suas contas. Em 2012, o setor deve continuar registrando negócios, porque existe ainda espaço para consolidação no ensino fundamental e médio, afirma Luís Motta, sócio da KPMG.
A reportagem é de Beth Koike e Luciano Máximo e publicada pelo jornal Valor, 09-01-2012.

O valor recorde de transações foi puxado pela mineira Kroton, que comprou por R$ 1,3 bilhão a Universidade do Norte do Paraná (Unopar), líder no segmento de ensino a distância. Essa foi a maior operação já fechada no setor de educação no país. Outro grande negócio foi a compra da Uniban, de São Paulo, pela Anhanguera, por R$ 510 milhões. A Anhanguera é o maior grupo de ensino do país, com 292 mil alunos. A Kroton, vice-líder, tem 264 mil. O mercado nacional de educação superior tem 5,3 milhões de alunos, sendo 75% em faculdades particulares. A movimentação no setor também foi motivada pela retomada dos investimentos da britânica Pearson e da brasileira Abril Educação.