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domingo, 3 de junho de 2012

Paulistano desperdiça 17 dias por ano no trânsito

Comentários/opinião
Se eu tivesse certeza que teria mais dez anos de vida, com absoluta convicção apostaria qualquer valor com qualquer pessoa que, a continuar as coisas como estão indo no Brasil, nas grandes cidades como São Paulo os carros, ônibus e caminhões não se moverão mais nas ruas e será mais rápido andar a pé, onde não for possível andar de metrô, ou seja na maior parte das grandes cidades.
Pelos dados da matéria anexa e de outras, é possível estimar que hoje a maioria das pessoas em S.Paulo gastam 20% ou mais do seu tempo de vigília diária, em dias de trabalho, com deslocamento para o trabalho, ida e volta. É só fazer umas continhas.
As perguntas que não querem calar são: por que? até quando? tanto sacrifício vale realmente a pena?
Gabriel, 7, e Larissa, 10, já assistiram a "Carrossel", brincaram, jantaram (o pai preparou a comida: arroz, feijão, nuggets e linguiça), fizeram a lição de casa e nada de a mãe chegar.
A reportagem é de Ricardo Gallo e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 03-06-2012.
Passa das 20h40 de quinta e a executiva Sueli Dias e Silva, 44, ainda está no trânsito de São Paulo.
É no trânsito que Sueli, diretora financeira de uma multinacional, gasta boa parte de seu tempo. São ao menos duas horas por dia, ou 400 horas por ano (a considerar cerca de 200 dias trabalhados), algo como 17 dias do ano - ou 267 idas ao cinema.
"É muito tempo. Chego em casa cansada. Não consigo fazer academia, ficar com os meus filhos." Ela trabalha na Berrini, principal centro empresarial da cidade, na zona oeste, e mora a 23 km dali, no Tatuapé, na zona leste.
Enquanto a vida corre, a executiva está parada no trânsito, o que, em São Paulo, a torna mais regra do que exceção: pesquisa do IBGE divulgada em abril aponta que, tal qual Sueli, um a cada quatro moradores da cidade perde entre uma e duas horas ao ir para o trabalho, de carro, ônibus ou metrô - sem contar o tempo da volta.

Vírus usa linguagem de games feita na PUC-Rio

Comentários/opinião
Que a Ciência tem tido maus usos ao longo de toda a sua historia evolutiva, não é novidade. Pelo contrário, tem sido até bastante recorrente. Talvez, até este momento, o exemplo mais conhecido seja a descoberta da fusão e da fissão nucleares, usadas para a construção de armas atômicas. Mais recentemente, entretanto, temos descobertas das quais ainda não se tem avaliação segura da real amplitude e consequências de suas danações. Transgênicos, agrotóxicos, clonagens de seres vivos, etc são exemplos significativos dessas degenerescências. Uma situação moderna de invasão de privacidade e falta de ética e respeito pela privacidade das pessoas são os tais de vírus internéticos de rakers imbecis e irresponsáveis que invadem os espaços de quem nem conhecem e que estão trabalhando ou se divertindo inocentemente.
Agora, chega a invasão de áreas de segurança nacionais, com o estrito motivo de continuar dominando nações soberanas que tentam se defender de agressões de natureza territorial e/ou econômica por parte dos dominadores do mundo. Outra barbaridade.

Uma linguagem desenvolvida nos laboratórios da PUC do Rio de Janeiro no início dos anos 90 e conhecida por seu uso em jogos de videogames e aplicativos de celulares foi a escolhida para a fabricação de uma das mais poderosas armas cibernéticas de todos os tempos.
A reportagem é de Gustavo Chacra e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 03-06-2012.
Denominado Flame, o vírus atingiu uma série de computadores em todo o Oriente Médio com a intenção de espionagem internacional e de sabotagem de órgãos governamentais e militares. Empresas de segurança de informática, como aKaspersky Lab, da Rússia, e a Symantec, dos EUA, admitem nunca terem visto algo semelhante.
Até agora, da mesma forma que em outros ataques cibernéticos, ninguém assumiu a responsabilidade pelo Flame. No entanto, todos os dedos apontam para os EUA e Israel em razão dos alvos da operação terem sido, principalmente, nações como Irã, Líbano, Síria, Egito.

A toga, a língua e o caçador de blogs

Comentários/opinião
Há hoje no Brasil e no mundo o entendimento generalizado de que o poder corrompe e também é corrompido ou corrompível. Todavia não se trata do poder em si, mas do processo de exercício do poder ou, melhor, do mau exercício do poder.
Uma noite destas me atribuí o autoflagelo de ficar assistindo até altas horas o replay de um debate da CPMI dita do Cachoeira e adjacências. Não recomendaria tal loucura nem a um inimigo, caso o tenha.
Assiste-se ali a situações de todo o tipo, desde intervenções realmente bem colocadas e objetivas até as absolutamente descabidas por incontáveis razões e motivações pessoais ou partidárias. Tem, por exemplo, um cidadão de nome Onix – que não tem qualquer semelhança com pedra preciosa – e que, ao contrario, tem algo de natureza inqualificável e, mais que tudo, pegajosa e nojenta. E seu decoro – caso tentasse tê-lo - nada teria de parlamentar, mas, sim, tudo "para lamentar". É o líder do DEM na Câmara... Já a sua colega  de partido, Senadora Katia Abreu, líder no Senado, tem outra postura e, pelo menos, argumenta com inteligência, independente do conteúdo de seu posicionamento.
Torna-se absolutamente notório que o exercício do poder pode tanto enobrecer o verdadeiro cidadão como, em igual medida, trazer à tona tudo de putrefato e odioso que estiver contido no íntimo de indivíduos sem os necessários valores ou princípios tais como cidadania, respeito ao outro, moral, ética e equilíbrio comportamental. Infelizmente, indivíduos com tais deficiências chegam a postos de poder totalmente inadequados às suas reais formações, construção da personalidade, caráter e visão de mundo e dos seres humanos.
Além do que se passa e se vê no Parlamento, a matéria anexa acrescenta mais um formidável exemplo para a ideia que está colocada aqui para debate.
Escudado na proteção republicana da toga, o ministro Gilmar Mendes desnudou uma controversa agenda política pessoal na última semana de maio. Onipresente na obsequiosa passarela da mídia amiga, lacrou seu caminho na 6ª feira declarando-se um caçador de blogs adversários de suas ideias e das ideias de seus amigos. Em preocupante equiparação entre a autoridade da toga e a arbitrariedade da língua, Gilmar decretou serem inimigos das instituições republicanas todos aqueles que contestam os seus malabarismos discursivos, a adequar denúncias a cada 24 horas, num exercício de convencimento à falta de testemunhas e fatos que as comprovem.