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sábado, 17 de março de 2012

O país encosta nos limites do seu modelo

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A responsabilidade por qualquer erro político é menos de quem faz e mais de quem manda.
Na política econômica do governo Lula não havia essa dualidade porque as duas funções pertenciam a Henrique Meirelles! Agora, as responsabilidades estão naturalmente divididas entre Dilma e Mantega.
Vejam o editorial da Carta Maior, de 17-03-2012, a seguir, e a matéria anexada de Saul Leblon. 
A obsessão mórbida pela liquidez, alimentada durante décadas pela ração de uma Selic estratosférica, tornou-se viral no sistema econômico brasileiro. Volumes  desestabilizadores de riqueza foram calcificados nos dentes do metabolismo rentista ao longo de anos. O jornal Valor de 4ª feira (14-03) mediu um ínfimo pedaço desse gigantesco tártaro improdutivo:  290 empresas de capital aberto tem em caixa R$ 280 bilhões ( ou seja, o equivalente a 1/3 dos investimentos totais do PAC, de R$ 955 bi, previstos para todo o governo Dilma, de 2011-2014). No mesmo dia noticiava-se que o governo desistira de nacionalizar a experiência exitosa das UPPs implantadas nos morros cariocas por falta de verbas: R$ 1,6 bi previstos para a instalação de mais de 2.800 UPPs serão transferidos para cobrir buracos orçamentários na vigilância de fronteiras e ações anti-crack.
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PF liga vazamento atual da Chevron ao de 2011 e vê risco de nova tragédia

Comentários/opinião
As causas de desastres como esse sempre são buscadas de modo tecnicamente mais lógico, o que é óbvio. Entretanto, normalmente não é sequer cogitada aquela que eu chamo de causa-mater, ou seja, a mãe das causas. Na atualidade, ela tem nome. Chama-se ganância e tem filhotes: desprezo pela vida humana, pela Natureza, pela técnica adequada e vai por aí a fora. A mais importante frase desta matéria é transcrita a seguir.
"Não me surpreende (o vazamento). Robustece a tese de que o poço não poderia ter sido perfurado ali, numa formação rochosa mais recente e, portanto, mais frágil", diz Scliar.
Por que? Por três razões: a tal ganância, a falta de controle e a falta de vontade política de exercê-lo.
Clique abaixo para ler a matéria completa, publicada no IHU Notícias, 17-03-2012.
O último incidente no bloco operado pela Chevron no Campo do Frade pode estar relacionado ao vazamento de 2,4 mil barris de óleo em novembro de 2011 e representar riscos de um novo megavazamento, de acordo com especialistas e técnicos envolvidos nas investigações.
A reportagem é de Sabrina Valle e Clarissa Thomé e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 17-03-2012.
O delegado de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar, dá como certo o vínculo. A petroleira alega não ter encontrado relação entre os dois incidentes. Porém, a hipótese de que o reservatório apresente problemas de pressão e haja risco é uma das mais fortes possibilidades na investigação.
"Essa perfuração deve ter causado uma hecatombe em volta do poço, com uma série de microfissuras. E o óleo está pressionando para sair", disse Scliar. Técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Petrobrás também investigam a origem do óleo que escapou, mas os relatórios não foram concluídos.

O pai da Geografia brasileira

Comentários/opinião
Não sei por que as pessoas de grande valor passam a ser mais reconhecidas, elogiadas e até viram heróis após a morte. E inclusive alguns patifes enganadores, o que não é o caso do Ab´Sader, é óbvio.
Sempre desconfiei que o grupo dos laudadores fica engrossado por aqueles invejosos que nunca conseguiram chegar nem perto de beijar os pés dos iluminados, sentem-se felizes por terem se livrado das suas sombras e acham que pode ter chegado a hora dos opacos. Ledo engano. Quem não tem luz própria, nem no escuro consegue brilhar.
Clique abaixo para ler toda a matéria, reproduzida pelo IHU Notícias, 17-03-2012.
Foram com as palavras do geógrafo Aziz Nacib Ab'Saber, que descreveu com precisão as paisagens brasileiras, que o País começou, há pouco mais de 60 anos, a conhecer em profundidade seus biomas. Ao longo dessas décadas de pesquisa, o professor da Universidade de São Paulo elaborou teorias fundamentais para o conhecimento dos aspectos naturais do Brasil, mantendo-se ativo até a véspera de sua morte. Ontem pela manhã, aos 87 anos, teve um enfarte fulminante em sua casa em Cotia (SP).
A reportagem é de Giovana Girardi e Herton Escobar e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 17-03-2012.
Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Ab'Saber foi um dos mais importantes estudiosos da geomorfologia brasileira, desenvolvendo ao longo da carreira mais de 300 artigos e tratados de significativa relevância internacional nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia e arqueologia e, claro, de geografia.