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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Contradições da sexta economia do mundo

É perfeita a análise do Igor, na matéria abaixo. Concordo em gênero, número, grau e tudo o mais, ou seja, com toda a sua argumentação sobre o tema. Nada mais a comentar.

Postado pelo blog Escrivinhador – Rodrigo Viana - terça-feira, 03/01/2012 às 11:45


Por Igor Felippe Santos, do jornal Brasil de Fato

O maniqueísmo domina as análises sobre o Brasil e o desempenho do governo Lula/Dilma. De um lado, alguns avaliam que o governo é responsável por dádivas de Deus. Do outro, não fez nada que preste e merece as chamas do inferno. A leitura do estudo da consultoria britânica, especializada em análises econômicas, de que o Brasil ocupará o posto de sexta maior economia do mundo seguiu o mesmo padrão.
Nos últimos oito anos, o Brasil teve um crescimento baixo em comparação com os outros países emergentes, mas bem maior do que no sombrio período do FHC. No entanto, o principal fator para o Brasil chegar ao posto foi a crise capitalista de 2008, que derrubou países centrais.
O fortalecimento do mercado interno, com a valorização do salário mínimo, políticas de crédito e políticas sociais também foi importante, mas não central para o país se tornar a sexta economia do mundo. Isso acontece porque o mercado interno brasileiro, embora fortalecido, não está no centro da dinâmica da nossa economia, que é dependente do mercado externo.
Quem sustenta a economia brasileira é a exportação de matéria-prima mineral e agrícola, controlada por empresas transnacionais e do mercado financeiro que não paga impostos na exportação (por causa da Lei Kandir, uma herança maldita do governo FHC mantida até hoje), para China e outros países centrais.
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Mortalidade infantil

Vejam a matéria abaixo, publicada no jornal Página/12, de 04/01/2012, com tradução minha.
Sabemos que é perigoso fazer comparações de índices da tal natureza em contextos muito diferenciados, inclusive metodológicos, mas vamos fazer uma tentativa. Claro que comparar o Brasil com Cuba é difícil sob o ponto de vista territorial e populacional. Não, entretanto, se cruzados sob a luz de outros fatores: econômicos, sociais, políticos, culturais, educacionais, esportivos, de saúde publica etc.
Dados do Banco Mundial, no endereço a seguir, permitem alguma avaliação sobre o tema mortalidade infantil, bem como comparações cruzadas com os demais índices. Do estudo, destaco que em 2000 o índice em Cuba era de 8,5 por mil e em 2010, foi de 5,9; no Brasil, foi 37,8 e 19,4, respectivamente.
http://www.google.com.br/publicdata/explore?ds=d5bncppjof8f9_&met_y=sh_dyn_mort&idim=country:BRA&dl=pt-BR&hl=pt-BR&q=mortalidade+infantil+no+brasil
Destaque-se que no Brasil a mortalidade infantil vem regredindo fortemente. Mas não se justifica em termos absolutos. Nem o seu valor relativo, mesmo com referência a outros países que não Cuba.
A liderança de Cuba
Cuba informou ontem que sua taxa de mortalidade infantil, de 4,9 por mil nascimentos em 2011, é o menor da América, juntamente com a do Canadá e inferior a dos Estados Unidos, embora o índice cubano no último ano tenha registrado um aumento de quatro décimos em ralação a 2010.
"4.9!", foi a manchete do jornal oficial Granma para enfatizar que, nos últimos quatro anos, a taxa de mortalidade infantil de Cuba foi inferior a cinco, a menor das Américas, junto com o Canadá. De acordo com o Ministério da Saúde Pública, sete das quinze províncias cubanas conseguiram em 2011 taxas de mortalidade infantil abaixo da média nacional: Las Tunas 3,5; Artemis 3,9; Pinar del Rio e Holguín 4,0; Havana, Ciego de Avila e Granma 4,4. "Dos 168 municípios do país, 17 têm mortalidade infantil zero", foi destacado.

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