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quinta-feira, 1 de março de 2012

Dilma pede reprimenda a militares após novo manifesto de oficiais

Comentários/opinião
Já me posicionei outro dia sobre essa questão, a qual continua a não me “cheirar bem”, porque desconfio que deve haver interesses externos à caserna, insuflando o processo. Na oportunidade, comentei que a presidente Dilma poderia imitar Getulio Vargas. Isso, porém, estava referido ao inicio da era Vargas e não às situação em que ele foi deposto em 1945 e, depois, quando foi “suicidado” em 1954.  (Eu, pelo menos, sempre desconfiei disto e continuarei desconfiando).
Nas condições atuais, Dilma deveria ser mais ladina que seus prováveis adversários “submersos”. Se me perguntassem como eu faria, diria com clareza: investigar, também pelas sombras onde se escondem, identificar possíveis seres ocultos sob as aparências das fardas e trazê-los para a luz dos holofotes, expondo-os à execração pública como vis e desprezíveis tramadores de golpes. E tenho dúvidas se haveriam militares ou ex-militares nesse submundo.
Em suma, Dilma está sendo levada a atirar no que vê, mas pela sua história, deveria saber desnudar aquilo que ainda não se vê. Ao menos para sabermos – nós todos, brasileiros verdadeiros - se algo realmente existe e, nesse caso, de quem e do que se trata.  De minha parte, garanto que guardaria toda a quantidade de saliva que pudesse acumular para - na falta de outras armas das quais não preciso – cuspir direto nas fuças de todos os pulhas de tal natureza e quilate.

A presidente Dilma Rousseff decidiu aplicar uma "repreensão" aos 98 militares da reserva que assinaram um novo manifesto reafirmando as críticas feitas a ela por não ter censurado suas ministras que pediram a revogação da Lei de Anistia
A reportagem é de Tânia Monteiro e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 01-03-2012. 
A divulgação é do IHU Notícias, de 01-03-2012.
No meio da tarde de ontem Dilma determinou ao ministro da Defesa, Celso Amorim, que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica aplicassem a repreensão a todos os signatários do novo manifesto (o primeiro havia partido do Clube Militar), "nos limites do regulamento disciplinar". O texto diz também que não reconhece a autoridade do ministro Celso Amorim.
Conforme a lei 7.524, de 17 de julho de 1986, assinada pelo ex-presidente José Sarney, os militares da reserva podem se manifestar politicamente e não estão sujeitos a reprimendas.
O general de Exército da reserva, Gilberto Barbosa de Figueiredo, ex-comandante Militar da Amazônia e ex-presidente do Clube Militar, o único quatro estrelas a assinar a nota, até o início da noite de ontem não tinha sido comunicado da repreensão. Ele disse ao Estado que, se receber a repreensão vai consultar seu advogado para possivelmente recorrer da punição, que considera "inaceitável". "Se eles não dessem pelota pro fato, ele já tinha se encerrado. Mas não vou aceitar ser cerceado do meu direito de expressar minha opinião", afirmou.
presidente Dilma, ao tomar conhecimento que novo manifesto estava sendo publicado, desta vez com a assinatura de 98 militares, sendo 13 generais, determinou a Amorim que checasse qual a importância e influência de cada um dos assinaram a nota. Assim que recebeu a informação, avisou a Amorim que mandasse os comandantes repreender quem subscrevera o documento.
No meio da tarde, Amorim convocou os três comandantes do Exército, Enzo Peri, da Marinha, Moura Neto, e da Aeronáutica,Juniti Saito, determinando que aplicassem punição aos 98 signatários do documento, a fim de "cortar o mal pela raiz".
No novo "alerta à Nação", informado pela Folha de S.Paulo, intitulado Eles que venham, por aqui não passarão, os militares avisam que o Clube Militar "é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser à sua diretoria"

"O Brasil está vivendo um estado de exceção", diz urbanista

Comentários/opinião
Parece brincadeira ou piada ou ficção. Ou seja, é inacreditável.
A que ponto chega a subserviência e a subalternidade aos interesses políticos, eleitorais, econômicos e financeiros e as absurdas concessões daí decorrentes. Tudo numa boa.
Sob meus parâmetros de raciocínio, que suponho com certa lógica, há enormes similaridades com algo que eu chamaria de “estupro concedido”. E paro por aí, mas acho pouco. Porém, eu ando muito concessivo...
Em outra comparação, acho que podemos estar reinventado o “pão-e-circo”, de forma simplificada, sob a consigna: “se o povo já tem o circo, para que irá quer o pão?”. E não importa quanto custe o circo, porque o povo irá pagá-lo com grande alegria e satisfação. Será, mesmo?
Por Bruno Huberman, de Veja
Publicado pelo Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza, da UFRJ
O urbanista Carlos Vainer acredita que o Brasil vive um momento “excepcional”. No entanto, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) não utiliza a palavra no sentido positivo do termo. Para ele, desde que o país foi eleito para receber os dois maiores eventos esportivos do planeta – a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos – a série de flexibilizações legislativas criaram um novo fenômeno urbanístico: as “cidades de exceção”.
Segundo um estudo feito por Vainer, os municípios passaram a ser geridos por interesses particulares, como os da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional (COI), em detrimento do interesso público e dos direitos humanos. O urbanista teme que, passadas as competições, legislações aprovadas em caráter excepcional acabem virando regra. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.