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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Exército ocupa frente de hotel onde ocorrerá leilão do pré-sal

Comentários/opinião
A notícia é de ontem, como se percebe. Infelizmente, o previsto foi realizado porque hoje já estão ocorrendo episódios como os que se têm visto desde junho. E certamente, outros ocorrerão na sequência. (Escrevo estas notas antes da abertura do leilão).
As perguntas que não querem calar só podem ser: que pais é este,  o qual se aferra tão duramente ao propósito de fazer doações do seu patrimônio até com o sangue de seu povo?  Não se conforma apenas em doar o seu suor? Quando começará a doação de vidas? Hoje?
Já vimos esse filme em outros tempos! Vamos insistir em repetí-los?
Exército ocupa frente de hotel onde ocorrerá leilão do pré-sal
As tropas do Exército já estão posicionadas em frente ao Hotel Windsor Barra, no Posto 4 da Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, onde nesta segunda-feira, a partir das 14h, ocorrerá o primeiro leilão de Libra, do pré-sal da Bacia de Santos, atendendo às novas regras do modelo de partilha.
A reportagem é de Douglas Corrêa e publicada pela Agência Brasil, 20-10-2013.
Os militares ocupam a entrada do hotel desde a meia-noite de domingo, equipados com escudos e armas não letais. A tropa está preparada para agir em casos de manifestações, que estão sendo convocadas pelos petroleiros em greve e pelos movimentos sociais que apoiam a paralisação, contrários ao leilão da camada do pré-sal. Os petroleiros estão parados, por tempo indeterminado, desde quinta-feira (17).
Os black blocs, grupos que se vestem de negro e usam máscaras contra gás, presentes em todas as manifestações, estão convocando pelas redes sociais para um ato unificado amanhã, a partir das 10h, na praia da Barra da Tijuca, entre a Ponte Lúcio Costa e a Praça do Ó. O texto diz que o ato unificado é "Um milhão contra o leilão, a opressão e pela educação". Os black blocs também estão marcando uma concentração, às 17h, na Candelária, para um ato ao longo da Avenida Rio Branco, com término na Cinelândia.
A segurança na região da Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão, será feita pelo Exército, com o reforço da Marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar. O patrulhamento ostensivo começou na madrugada de domingo, na faixa do litoral e nas vias do entorno do Hotel Windsor. A área de atuação das forças de segurança está delimitada pelas avenidas Lúcio Costa, Érico Verissímo, Armando Lombardi, Afonso Arinos de Melo Franco e o Canal de Marapendi.
O efetivo total empregado na operação é formado por cerca de 1.100 homens, entre militares e policiais federais e estaduais, policiais civis, guardas municipais e funcionários públicos. Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) pede aos motoristas que evitem a região entre hoje e amanhã, por causa de retenções no tráfego nas vias próximas ao hotel.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pré-sal e o embate geopolítico estratégico. A maior privatização da história política do Brasil. Entrevista especial com Ildo Sauer

Comentários/opinião
Indubitavelmente, tenho enorme admiração e respeito pelo professor Ildo Sauer, um permanente estudioso das questões energéticas no Brasil, não apenas na questão do petróleo. Também tenho admiração e respeito pelos seus posicionamentos, sempre sob prioridade absoluta dos interesses do país.
Assim, não é desmedida a minha concordância com a gravidade das suas observações e denúncias a respeito do tema Libra, não apenas no que se refere à questão do leilão – o qual por si só já é um crime de lesa-pátria – mas por toda a burrice estratégica e a subserviência, que a “doação” do pré-sal está desnudando.  É algo incrível que isso não esteja sendo percebido de modo muito claro! Não pode ser por burrice! Só pode ser por má-intenção. E, portanto, trata-se de um verdadeiro crime hediondo.
Veja-se abaixo a parte final de entrevista e leia-se o inteiro teor no endereço anexo, do IHU Notícias de 02-10-2013.
Pré-sal e o embate geopolítico estratégico. A maior privatização da história política do Brasil. Entrevista especial com Ildo Sauer
“Como disse, Libra, na minha estimativa, vai custar entre 60 e 80 bilhões de dólares. Além disso, o governo precisa construir a cadeia produtiva brasileira. Infelizmente o governo não se planeja, não expande a formação de recursos humanos, a expansão da capacidade industrial brasileira, das áreas de serviços. Não adianta criar essa situação que temos hoje: as empresas prometem conteúdo nacional, não cumprem, a ANP as multa e acabou! Falta planejamento no país em todos os níveis: educação, saúde, infraestrutura, nas cadeias produtivas da área de energias, etc. O Brasil é um país que opera no dia a dia no improviso. E isso ficou claro com a decisão de tentar queimar o Campo de Libra para resolver um pequeno problema econômico das contas externas e das dívidas públicas. De maneira que o problema financeiro é um mito que inventaram; não falta dinheiro para quem tem reserva de petróleo certificada. O nível de endividamento da Petrobras é facilmente resolvível mediante um modelo diferente de negócio, porque a lei permite. A lei não é boa, ela poderia ser melhor, mas tem suficiente espaço para fazer uma política que garanta o interesse nacional e o interesse público”.

sábado, 5 de outubro de 2013

Casas têm mais TVs e menos rede de esgoto em 11 Estados do Brasil

Comentários/opinião
Veja-se como os valores mudam, em especial, no que se refere à qualidade e às condições de vida. Coisas que eram fundamentais deixaram de ser e passaram sua prevalência para coisas que eram de menor importância ou até dispensáveis.
As perguntas que devem ser feitas são, por exemplo: isso veio para ficar ou se trata de mais uma onda que dá e passa? Temos que, realmente, nos habituarmos a esses valores da “modernidade” ou podemos aguardar que as atuais irracionalidades sejam entendidas como tal e ocorram novos processos de “racionalização humana”?
Casas com TV, DVD, computador, carro e moto, mas sem esgoto e coleta de lixo.
Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostram que, enquanto no país avança a presença nas residências de bens duráveis, como eletrônicos, boa parte dos Estados fica paralisada - ou até regride - em serviços como água, esgoto e coleta de lixo.
De 2011 para 2012, 14 Estados tiveram redução no percentual de moradias com esses serviços (em 11 a rede de esgoto não teve nenhum avanço); apenas dois recuaram em bens duráveis. Na média nacional, houve crescimento ou estabilidade, dependendo do item.
Na prática, essa queda mostra que o aumento do número de moradias não é acompanhado no mesmo ritmo pelas políticas públicas.
Um dos maiores entraves ainda é a rede de esgoto. Ao todo, 11 Estados recuaram no acesso a este serviço. No Piauí, o percentual de casas com acesso à rede foi de 4% para 2,8% --queda de 29%.
Oito Estados também recuaram no atendimento de rede de água, enquanto 12 pouco avançaram em coleta de lixo.