Boas vindas

BEM VINDO A ESTE SINGELO ESPAÇO DE DEBATES!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A esquerda mundial após 2011 - Immanuel Wallerstein

Mais uma análise muito interessante de um dos meus gurus favoritos. E não é porque eu concordo como ele; é porque ele concorda comigo. Em algumas coisas...
Postado no Sitio Outras Palavras – 03/01/2012
Immanuel Wallerstein | Tradução: Daniela Frabasile
Wallerstein propõe: as múltiplas correntes que desejam superar capitalismo precisam construir certos acordos, para não desperdiçar enormes esperanças surgidas no ano
Por qualquer ângulo, 2011 foi um bom ano para a esquerda mundial – seja qual for a abrangência da definição de cada um sobre a esquerda mundial. A razão fundamental foi a condição econômica negativa, que atinge a maior parte do mundo. O desemprego, que era alto, cresceu ainda mais. A maioria dos governos enfrentou grandes dívidas e receita reduzida. A resposta deles foi tentar impor medidas de austeridade contra suas populações, ao mesmo tempo em que tentavam proteger os bancos.
O resultado disso foi uma revolta global daquilo que o movimento Occuppy Wall Street chama de “os 99%”. Os alvos eram a excessiva polarização da riqueza, os governos corruptos, e a natureza essencialmente antidemocrática desses governos — tenham eles sistemas multipartidários ou não.

Arquivos da ditadura brasileira

É incrível e absurdo, mas parece que se consegue saber mais sobre algumas coisas do Brasil lendo a mídia internacional. A de esquerda, em especial, é claro. Sendo mais ou menos de esquerda, ou pelo menos independente, já serve.
Há poucos dias falei sobre o desafio de ser procedido aqui algo como o ArgenLeaks argentino, ao que denominei BrasiLeaks.
Vejam a matéria a seguir, publicada no jornal argentino Página/12, e tirem suas conclusões. Por enquanto, traduzi apenas o seu intróito. Se eu tiver tempo, disposição e disponibilidade ou se houver demanda, traduzirei o restante.

OS ARQUIVOS DA DITADURA BRASILEIRA ESCONDEM A EXTENSÃO DA SUA PARTICIPAÇÃO NO PLANO CONDOR
Crimes, segredos e ataques á Dilma
Documentos reservados fornecem claros indícios de que o Brasil foi uma parte nada secundária da rede de sequestros e assassinatos urdidos pelos generais sul-americanos. Sarney e Collor teceram uma aliança governante.
Por Darío Pignotti – do Página/12 - em Brasília
Ataque à Dilma. Desde o início de sua campanha à presidência, um ano e meio atrás, Dilma Rousseff foi objeto de pelo menos três investidas para dissuadi-la de aplicar alguma luz sobre os crimes da ditadura, sendo o mais recente na semana passada.
Declarações de um senador e de uma militante de direitos humanos, bem como documentos secretos a que Página/12 teve acesso  indicam que, por detrás de todo o espalhafato feito para impedir a abertura dos arquivos da ditadura, existe um objetivo vergonhoso: ocultar a participação brasileira no Plano Condor, de modo mais prolongado e comprometedor do que se suspeita.