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sábado, 15 de dezembro de 2012

Voto eletrônico: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição


Comentários/opinião
Faz mais de uma dezena de anos (desde a eleição de 2000) que venho afirmando – junto com alguns outros poucos considerados malucos, tais como o professor Pedro Resende, citado na matéria, a quem conheci pessoalmente – que as urnas eletrônicas brasileiras são fraudáveis. E que, portanto, as eleições devem estar sendo fraudadas. Onde e como?
Onde subsistam condições para tal: um hacker disponível (e onde não há?); alguém com grana e interessado em fraudar a eleição (e onde não há?); alguém de dentro do sistema para facilitar as coisas diretamente nas próprias urnas ou, alternativamente, um sistema de transmissão vulnerável. Para eleição de parlamentares, essas condições são suficientes. Todavia, para os executivos, se faz necessário fraudar também as pesquisas. Neste caso, é necessário que a diferença entre o candidato fraudador e o líder na pesquisa fique menor do que 10%, para não chamar a atenção e escancarar a maracutaia. O que, evidentemente, é nada difícil...
Um novo caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi apresentado ontem (10/12) para as mais de 100 pessoas que lotaram durante três horas e meia o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), na Rua do Russel n° 1, no decorrer do seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.
Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e de um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados  mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.