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quarta-feira, 28 de março de 2012

Proposta de criação de banco de desenvolvimento divide Brics

Opinião/comentários
Não desejava nem desejo, mas sempre temi que os "brics" virassem "bric-a-bracs".
E isso, devido às imensas dificuldades para a construção de um sistema "meio filhote", diferente do "sistema-mãe", ou seja, do sistema capitalista, em brutal vigência nos dias atuais. O que significaria enfrentá-lo, ainda que parcialmente.
Em outras palavras, é impossível botar sequer um pé fora do lar sem estar disposto a seguir por conta própria, porque quem o chefia não permite confrontos, muito menos deserções.
Compare esta matéria, divulgada pelo IHU Notícias, 28-03-2012, com a matéria anteriormente postada, logo abaixo, neste blog.
De um lado, China e Índia pedem pressa e um cronograma "realista" para a criação de um banco de desenvolvimento formado pelo grupo conhecido como Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Do outro, Rússia e Brasil recomendam cautela no estabelecimento da nova instituição, imaginada para canalizar parte das reservas internacionais para projetos de desenvolvimento. Essa diferença marca a quarta reunião de chefes de governo dos Brics, que começa hoje em Nova Déli.
A reportagem é de Sergio Leo e publicada pelo jornal Valor, 28-03-2012.
Sem acordo nesse ponto, como também em outros, mas interessados em preservar o grupo - que dá aos cinco países maior cacife nas discussões internacionais -, os Brics discutiam ontem se montariam um grupo de trabalho ou uma força-tarefa para criar a nova instituição.
Por trás das designações, está a diferença entre o senso de urgência nos países do grupo, de economias heterogêneas, com renda per capita que varia entre US$ 2 mil e US$ 15 mil, composto por democracias e regimes autocráticos, países exportadores de commodities e grandes importadores.

Banco ético: uma alternativa às finanças predatórias

Comentários/opinião
São pequenas luzes que vemos no fim do túnel e não são de trem vindo de lá para cá. São sinalizações de que podemos andar nessa direção e que poderá ser haver terreno firme e possibilidades reais de mudanças de rumos.
O artigo, publicado pela Carta Maior de 22-03-2012, é de Paulo Kliass, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.
O movimento dos bancos éticos ainda ocupa um espaço pouco expressivo no conjunto do sistema financeiro. No entanto, em razão da crise dos últimos anos, esse modelo alternativo (a grande maioria no espaço europeu) tem logrado conquistar um crescimento importante em seus nichos de atuação.
A crise por que passa o sistema financeiro internacional parece longe de ver seu fim. A partir do recrudescimento do cenário norte-americano em 2008, os efeitos negativos das dificuldades enfrentadas pelos bancos naquele país terminaram por evidenciar as reais características do fenômeno da globalização. O “financês” acaba por incorporar as expressões das ciências biológicas e da saúde, e passa a utilizar a imagem da “contaminação dos mercados”. Além da quebradeira em série de bancos nos Estados Unidos, a crise atravessou o Atlântico e aprofundou-se no espaço da União Européia. E sempre tendo como principais personagens - os detonadores da crise - os bancos e demais instituições financeiras.