Opinião/comentários
Não desejava nem desejo, mas sempre temi que os "brics" virassem "bric-a-bracs".
E isso, devido às imensas dificuldades para a construção de um sistema "meio filhote", diferente do "sistema-mãe", ou seja, do sistema capitalista, em brutal vigência nos dias atuais. O que significaria enfrentá-lo, ainda que parcialmente.
Em outras palavras, é impossível botar sequer um pé fora do lar sem estar disposto a seguir por conta própria, porque quem o chefia não permite confrontos, muito menos deserções.
Compare esta matéria, divulgada pelo IHU Notícias, 28-03-2012, com a matéria anteriormente postada, logo abaixo, neste blog.
De um lado, China e Índia pedem pressa e um cronograma "realista" para a criação de um banco de desenvolvimento formado pelo grupo conhecido como Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Do outro, Rússia e Brasil recomendam cautela no estabelecimento da nova instituição, imaginada para canalizar parte das reservas internacionais para projetos de desenvolvimento. Essa diferença marca a quarta reunião de chefes de governo dos Brics, que começa hoje em Nova Déli.
A reportagem é de Sergio Leo e publicada pelo jornal Valor, 28-03-2012.
Sem acordo nesse ponto, como também em outros, mas interessados em preservar o grupo - que dá aos cinco países maior cacife nas discussões internacionais -, os Brics discutiam ontem se montariam um grupo de trabalho ou uma força-tarefa para criar a nova instituição.
Sem acordo nesse ponto, como também em outros, mas interessados em preservar o grupo - que dá aos cinco países maior cacife nas discussões internacionais -, os Brics discutiam ontem se montariam um grupo de trabalho ou uma força-tarefa para criar a nova instituição.
Por trás das designações, está a diferença entre o senso de urgência nos países do grupo, de economias heterogêneas, com renda per capita que varia entre US$ 2 mil e US$ 15 mil, composto por democracias e regimes autocráticos, países exportadores de commodities e grandes importadores.