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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Síndrome de vira-latas

Comentários/opinião
Eis mais um exemplo da “vira-latice” e da “puxa-saquice” nacionais. É claro que conceitual e ideologicamente poder-se-ia chamar isso de ausência de soberania ou de consciência de nacionalidade, bem como de subserviência aos poderes políticos, econômicos e financeiros mundiais. Principalmente estes, que compram tudo, inclusive a supressão dos valores exemplificados. É o tal espaço operacional do deus MERCADO: sempre haverá quem queira comprar e quem esteja disposto a vender esses valores, já tão escassos nos tempos atuais.
A propósito, alguém já se deu ao trabalho de contar quantas lojas têm em qualquer “shopping center”, cujos nomes ainda estão na nossa deteriorada língua pátria? (Língua? pátria? o quê é isso?).
Pobre “brazil” (em minúsculas e com z)! Pobre povo brasileiro! Brasileiro ou "brazileiro"?
Moradores de Bauru se revoltam com réplica verde da estátua da Liberdade – Uol 05/08/2013
Primeiro, moradores de Bauru (a 329 km de São Paulo) "sumiram" com o Bauruzinho, um sanduíche gigante feito de fibra de vidro instalado no maior parque da cidade.
Agora, uma estátua da Liberdade corre risco de desaparecer da paisagem local.
Trata-se, claro, de uma réplica. É verde, brilha, tem 35 metros de altura (a original tem 93 m) e pode ser vista da rodovia Marechal Rondon.
Recentemente, foi alvo de um abaixo-assinado pela sua retirada. Os críticos dizem que ela pode ser confundida como um novo símbolo da cidade.
O monumento foi instalado pela Havan, recém-chegada loja de departamentos que utiliza a estátua como logomarca em frente às suas unidades em várias cidades.
O abaixo-assinado contra a presença da estátua teve cerca de mil assinaturas.
"Quando me deparei com aquela réplica gigantesca, na minha opinião de mau gosto, descaracterizando e chamando toda a atenção na entrada da cidade, senti um certo constrangimento", diz o advogado Fabio Galazzo, 29, que iniciou o abaixo-assinado.
"É um símbolo que a gente questiona. Veja o que é a liberdade nos Estados Unidos e o que o [Barack] Obama está fazendo", diz o historiador Henrique Perazzi de Aquino, do Conselho Municipal de Educação, referindo-se aos escândalos de espionagem digital.
Em vez da estátua da Liberdade, Aquino propôs que se erga outro monumento, em homenagem à cafetina Eny Cezarino (1916-1997), dona de um dos bordéis mais conhecidos do Brasil nos anos 1960 e 1970, frequentado por políticos e empresários.
"A Eny, sim, é um verdadeiro ícone de Bauru", diz.
A prefeitura informou à Folha que aprovou o projeto de instalação da loja, incluindo a logomarca da estátua. "Não há lei que proíba", afirmou.
Procurada, a Havan não comentou o caso nem informou em quantas cidades tem estátuas semelhantes.
Em 2008, quatro universitários foram presos depois de carregar para casa o Bauruzinho, um sanduíche de fibra de vidro com cerca de três metros, que também havia desagradado aos moradores.