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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Conselho Nacional de Política Energética: Onde está a sociedade civil?

Comentários/opinião
Mudo e amplio a pergunta do texto para: “onde estão a democracia e a transparência”?
A conclusão é aparentemente óbvia: se a sociedade civil deve ser convidada e não o é, é porque sua presença não é desejada nem desejável. (O “aparentemente” está aí apenas para disfarçar minha “radicalidade”...). 
Na verdade, se não é desejada nem desejável, é porque não pode dar opinião nem dificultar as decisões nem sequer saber o que está sendo tratado e decidido.
Isso parece ser de uma lógica acaciana sem contrapontos. "Aparentemente"...
A nota está divulgada no IHU Notícias de hoje, 18-12-2013, e está assinada por 41 organizações e instituições sociais e ambientais locais, regionais, nacionais e até internacionais.
Conselho Nacional de Política Energética: Onde está a sociedade civil?
"o CNPE tem menosprezado propostas inovadoras da sociedade civil e de empreendedores do setor privado em áreas estratégicas, como a eficiência energética e a conservação de energia; o aproveitamento do potencial quase infinito da energia solar, por meio da inovação tecnológica e o fomento a cadeias produtivas nacionais; as propostas de políticas para estimular, em bases sustentáveis e com justiça social, a ampliação de escala de outras fontes renováveis não convencionais, como a eólica, a biomassa e o movimento natural das águas sem barramentos, assim como a descentralização da produção e do consumo, evitando riscos e custos da produção centralizada, em mãos de grandes empresas", denuncia a nota de movimentos sociais e ambientais, publicada ontem, dia 17-12-2013. A nota é endereçada ao Governo e à Sociedade Brasileira.
Segundo a nota, "não é legítimo, nem lícito que o CNPE tome decisões estratégicas sobre a política energética sem abrir o diálogo e sem contar com a contribuição da sociedade civil.  De fato, a atual política energética está sendo imposta à sociedade, em nome de necessidades definidas a partir de critérios discutíveis, favorecendo as “necessidades” de determinados grupos econômicos".

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Brasil tem mais engenheiros que médicos, aponta pesquisa do Ipea

Comentários/opinião
E agora, José? O governo se esforça e se esbofa para atender os oráculos empresariais e midiáticos, baseados em estatísticas lidas de forma burra e fora do contexto, que tentam mostrar que há falta de profissionais nas áreas tecnológicas. A principal burrice – mas não a única – é tentar, de modo tendencioso, a generalização de situações que são pontuais, setoriais e/ou temporais específicas. Mesmo estas tem origem na mediocridade dos diagnósticos ou na ausência de planejamento com visão de projeto de nação ou em ambas. Aliás, um projeto de nação é coisa absolutamente inexistente no nosso país desde sempre.
E agora, José, onde ainda vão arranjar razões para embaçar compromissos políticos e de outras naturezas, já assumidos e justificar o injustificável? Ou seja, a importação de técnicos de outras terras onde o desemprego assusta muito os outrora inventores e agora administradores do caos econômico e social vigente por aí, nesse mundinho neoliberal.
Ressalte-se que não é de hoje que estudos do Ipea – afiançados por estudos de entidades sindicais sérias - já vêm chamando a atenção para a constatação que ora se confirma.
E não será em demasia sempre repicar que no Brasil não faltam engenheiros, mas sim salários dignos e decentes para esses profissionais, o que os afasta da profissão.
Brasil tem mais engenheiros que médicos, aponta pesquisa do Ipea
A falta de médicos em determinadas regiões do País foi constatada na pesquisa Cidades em Movimento: Desafios e Políticas Públicas, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Feita com base no Censo 2010, mostra que, proporcionalmente, em relação ao número de habitantes, o País tem mais engenheiros que médicos.
A reportagem foi publicada pela Agência Brasil, 02-12-2013. [Reproduzida no IHU Notícias de 04-12-2013]. Grifo nosso.
Além de apresentar mapas com as regiões mais carentes de médicos, o estudo revela que para cada engenheiro a proporção é 267,62 habitantes. Já para cada médico, são 701,61 pessoas na média nacional. A proporção é menor no Maranhão, no Amapá e no Pará, onde são, respectivamente, um profissional de saúde para cada grupo de 2,3 mil, 1,9 mil e 1,5 mil pessoas.
"São quase três vezes mais engenheiros que médicos no País", reforçou o presidente do Ipea, Marcelo Neri, ao divulgar dados antecipados da pesquisa no Rio de Janeiro. "A relação é um médico no Maranhão para cada nove médicos em São Paulo."
No Maranhão, no Piauí e em Roraima, os engenheiros também são mais escassos que nos demais Estados do País, sendo um para cada grupo de 1,2 mil, 1,1 mil e mil pessoas. Coincidentemente, por outro lado, os Estados com mais engenheiros e médicos são São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Segundo a pesquisa, as profissões foram quantificadas por serem fundamentais ao desenvolvimento do País e foco de políticas públicas federais como os programas Mais Médicos, do Ministério da Saúde, e o Ciência Sem Fronteiras, coordenado em conjunto pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação." São profissões relevantes para o crescimento econômico", justificou um dos responsáveis pelo estudo, Rogério Boueri.