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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

EUA se opõem a acordo amplo na Rio+20

Comentários/opinião
A matéria transcrita a seguir corrobora e endossa vários posicionamentos colocados nos comentários da matéria anterior, postada mais abaixo neste Blog.
Pode parecer estranho que a quantidade de páginas seja um parâmetro válido e adequado para avaliação de um documento de tal natureza. Todavia, é realmente significante para demonstrar o quanto ele é importante, na prática, em certas esferas de poder. Ou seja, confirma minha opinião já expressa anteriormente: os documentos desses eventos expressam e significam algo muito próximo do nada.
Os Estados Unidos parecem querer um resultado aguado da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Esta foi a sinalização da primeira intervenção dos negociadores americanos na reunião informal que acontece esta semana em Nova York e discute a versão zero de "O Futuro que Queremos", o documento mais importante que deve sair da Rio+20, em junho.
A reportagem é de Daniela Chiaretti e publicada pelo jornal Valor, 27-01-2012.
O texto atual tem 19 páginas e 128 artigos. Seu tamanho tem sido considerado bom, mas o conteúdo foi avaliado como vago e fraco por ambientalistas, empresários e governos. A maioria das intervenções dos delegados reunidos em NY pediu mais força e ambição no que o texto propõe e que aponta para a economia verde e o desenvolvimento econômico sustentável.
Os EUA foram a nota destoante. "Precisamos de um documento curto, conciso e escrito em linguagem que seja compreensível para o público em geral" disse em plenária Lawrence J. Gumbiner, do Departamento de Estado dos EUA. Ele não mencionou meta alguma, disse que o debate sobre transferência de tecnologia tem que ser revisto na Rio+20 e incluir "forte proteção aos direitos de propriedade intelectual". Concluiu dizendo que o "Cadastro de Compromissos" que a Rio+20 irá produzir é um dos "componentes essenciais para o sucesso" da conferência
"O tom preponderante aqui é de que o documento precisa ser mais ambicioso e propositivo", conta Aron Belinky, integrante do comitê facilitador da sociedade civil para a Rio+20, que está em NY. "Mas os EUA destoaram ao pedir um documento final extremamente sintético e acompanhado apenas por compromissos voluntários dos países."
Os países em desenvolvimento reunidos no G-77 mais a China falaram que falta ao texto "visão, ambição, equilíbrio e ação". O embaixador brasileiro André Corrêa do Lago mencionou a necessidade de a Rio+20 ter metas de desenvolvimento sustentável (SDGs, na sigla em inglês), maneiras de medir este desempenho e um Conselho de Desenvolvimento Sustentável forte dentro da ONU.