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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Juros: a lição que fica

Comentários/opinião
"Até que enfim", "nunca é tarde", "tomara que dure pra sempre", "ufa-ufa", "que beleza" etc, são expressões do cotidiano popular, quando finalmente algo de bom, de bem ou interessante acontece.
Creio serem mais ou menos essas as manifestações de desabafo que devem estar andando por este "nosso" Brasil a fora.
Agrego, porém, outro dito popular: "quem nunca comeu ..., quando come se lambuza". É que não estamos acostumados a nos lambuzarmos de satisfação por soberania e por coisas como "este é o meu país e este é meu povo!".
Enfim, veremos se haverá continuidade. Confesso que sou ainda muito cético. Entretanto, Deus permita que eu esteja equivocado. Ou Deus não tem nada com isso?
Vejam a matéria de capa da Carta Maior de hoje, 20-04-2012, com texto do Saul Leblon.

A rendição dos bancos ao novo ciclo de queda dos juros  marca um divisor na forma de se fazer política econômica no país. Quebrou-se um lacre político. Rompeu-se uma parede hegemônica ardilosamente defendida durante décadas com argumentos supostamente técnicos.  Em uma semana, o que era uma impossibilidade esférica, condicionada ao atendimento de uma soberba lista de 20 'contrapartidas'  comunicadas a Brasília  com rara deselegância pelo presidente do sindicato dos bancos (Febraban) , Murilo Portugal, reverteu-se em adesão maciça ao corte das taxas.  Como se deu a transumação da inflexibilidade em cordura? O governo e os partidos progressistas não devem temer a resposta que os fatos comunicam: o Estado brasileiro, apesar de tudo, ainda tem poder político e instrumental para reordenar a economia. A maior lição desse episódio é que ele vale também para outras esferas e desafios.