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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Hollande anuncia plano de € 30 bi para conter déficit

Comentários/opoinião
Parece que o cara está dizendo a que veio: taxação de fortunas, impostos para grandes empresas e grandes salários (artistas, jogadores) etc. Por outro lado, garantias de recursos para saúde, educação etc.
A pergunta que nunca deve calar: por que no Brasil o princípio é inverso? Facilidades para o grande capital, os "moto-serra", os fumageiros etc etc. Deve ser também decorrente de "compromissos", estes sempre sabidos e cumpridos, porém jamais declarados. É óbvio.
O presidente da França, François Hollande, confirmou ontem aumento de impostos da ordem de € 20 bilhões e corte de despesas públicas de € 10 bilhões para 2013, num esforço sem precedente para reduzir o déficit publico.
Em entrevista na TV, Hollande revisou para baixo projeção de crescimento da segunda maior economia europeia, dos 1,2% inicialmente estimados para 0,8% em 2013, enquanto o consenso de analistas aponta alta de 0,5%.
A reportagem é de Assis Moreira e publicada pelo jornal Valor, 10-09-2012. Divulgado no IHU Notícias, 10-09-2012.
Acusado de inação, o presidente socialista reagiu anunciando "aceleração" de reformas e duas batalhas: contra o desemprego e contra a divida pública. Para isso, Hollande delineou uma "agenda de recuperação" por dois anos.
A meta do governo é de reduzir o déficit fiscal de 5,2% em 2011 para 4,5% neste ano e chegar a 3% no ano que vem. Com a piora da conjuntura econômica na zona do euro, o governo precisa buscar mais de € 30 bilhões para o orçamento do ano que vem.
Pela primeira vez, Hollande deu a repartição da fatura, na qual escolheu sem surpresas não fazer o essencial das economias no corte de despesas públicas. De um lado, o governo vai poupar € 10 bilhoes. No geral, a ordem é "não gastar em 2013 um centavo a mais do que foi gasto em 2012". Haverá baixa de 7% nas despesas de funcionamento e redução de efetivos em ministérios não prioritários, para preservar despesas na educação, saúde e segurança.
Além disso, as empresas vão pagar € 10 bilhoes a mais de impostos. Isso virá em parte com o fim de nichos fiscais que favoreciam principalmente grandes companhias, que acabavam pagando menos que as pequenas e médias empresas. Haverá tambem mais taxação sobre dividendos.