Comentários/opinião
A questão
posta não pode ser, prioritariamente, olhada sob pontos de vistas éticos, os
quais no mundo atual estão sendo suplantados por condições sociais,
econômicas, políticas, institucionais e até humanas muito ruins. E as humanas, em
especial, como decorrência das demais.
E prestem
atenção: quem está dizendo isso com todas as letras sou eu, um idoso já bem acima
dos 70, mas que ainda goza razoavelmente de boa saúde. Por enquanto... Todavia,
sou muito realista!
O Brasil –
e também o estado do Paraná, o qual estou estudando com amplidão e profundidade
– estão ficando velhos. São números
crescentes que dizem isso, não se trata de opinião ou suposição.
A
pergunta que não pode calar é: como estarão e ficarão os velhos do Brasil e por
extensão do Paraná dentro, digamos, dos
próximos dez ou vinte anos?
Quem
viver, verá!!!
Alemanha
"exporta" idosos para casas de repouso na Polônia
Sonja
Miskulin se
esqueceu de seu amado gato, Pooki. Ela não se
lembra se tem netos e nem da viagem de nove horas feita num recente domingo,
quando deixou para sempre sua casa na Alemanha. Essa ex-tradutora, que sofre de
demência e anda em cadeira de rodas, comemorou seus 94 anos, no mês passado, em
uma casa de repouso na Polônia. Sua filha a mandou para o local para que tenha
uma vida melhor e um tratamento mais barato.
A reportagem é de Naomi Kresge,
publicada no jornal Valor, 17-09-2013.
Divulgação da IHU Notícias,
18-09-2013.
Miskulin uniu-se a um movimento
controverso: residentes de asilos que emigram. Essa "exportação de
avós" tem gerado indignação na Alemanha. O maior jornal de Munique
denunciou o fenômeno como sendo "colonialismo gerontológico" e o
comparou às nações que exportam o próprio lixo.
Contudo, cada vez mais famílias como a de Miskulin dizem que é a melhor opção para dar uma
velhice digna aos idosos - e poupar dinheiro - perante a dificuldade de ter
cuidados de boa qualidade em casa. Segundo uma pesquisa feita em março pela TNS Emmid, um em cada cinco alemães consideraria
atualmente viajar ao exterior em busca de uma casa de repouso.
"Eu só posso dizer: crianças, quando seus pais ficarem velhos,
mandem-nos para a Polônia", disse a filha deMiskulin, Ilona von Haldenwang, de
66 anos.