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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

País tem quase 5 seguranças privados para cada policial

Comentários/opinião
Exceto a razão lógica de que policial no Brasil ganha mal, a única explicação que me ocorre para tal "distorção estatística" – mais uma – é que no nosso Brasil varonil segurança particular virou profissão. E que isso acontece porque tem "mercado". Ou vice-versa, dado que não sei o que é causa e o que é consequência.
Talvez a causa máter seja o aumento fantástico de novos ricos, para os quais virou símbolo de status social e/ou econômico-financeiro.
Imagino que um diálogo muito corrente nas rodas do "soçaite" nos dias de hoje seja mais ou menos assim: "Quantos seguranças você tem? Eu tenho 15: 2 pra mim, 3 pra cada filho e quatro para a minha esposa. Os sobressalentes para outras finalidades, não estão nessa conta..."
Por falar nisso, os pistoleiros estão computados nessa estatística?  
Folha de São Paulo -14/09/2012 - 05h00
Luciana Coelho - Washington
O Brasil é o segundo país das Américas na proporção entre seguranças privados e policiais, dos 22 com dados disponíveis: são quase cinco agentes particulares para cada um do Estado, mais do que o dobro da média regional.
A informação está no Relatório sobre a Segurança Cidadã nas Américas em 2012, que deve ser lançado hoje pela Organização dos Estados Americanos, em Washington, e antecipado para a Folha.
Segundo o documento --que combina dados de governos federais, polícias, institutos de estatísticas e ministérios dos 34 países da região nos últimos dez anos--, o ranking de privatização do policiamento é liderado pela Guatemala, com 6,7 seguranças para cada policial
O Brasil (cujo índice de homicídios por 100 mil habitantes, 21, é metade do guatemalteco) tem 4,9; em seguida vem o Chile, com três. Os EUA, conhecidos por empresas gigantescas no setor, têm 1,5 segurança para cada policial. A média regional é de 2,3.