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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Madeira de dar em doido...


Comentários/opinião
Esse processo abjeto é absolutamente coerente com as políticas permissivas que o Brasil tem adotado, continua adotando e assim permanecerá, como demonstram os posicionamentos vigentes na política florestal brasileira. Serão necessários mais argumentos do que o famigerado Código Florestal que está sendo aprovado no Congresso dos ruralistas? Ops, no Congresso Nacional...
A propósito: esse tal "congresso" é "nacional" de quem? A qual "nação" ele corresponde?
Favor conferir com a matéria adicionada mais abaixo, também divulgada pelo IHU Notícias hoje, 28-09-2012.

Madeira ilegal movimenta US$ 100 bi por ano
O comércio de madeira extraída ilegalmente na Amazônia, na África central e no sudeste Asiático movimenta de US$ 30 bilhões a US$ 100 bilhões por ano e é responsável por até 90% do desmatamento de florestas tropicais no mundo.
O alerta foi feito ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Interpol, durante a divulgação do relatório Carbono Verde: Comércio Negro.
A informação é publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 28-09-2012.
De acordo com o levantamento, de 50% a 90% da exploração madeireira nos países daquelas três regiões é realizada pelo crime organizado, respondendo por até 30% do comércio global.
A atividade, aponta o relatório, conta tanto com velhas táticas, como suborno e falsificação de licenças, quanto com tecnologias mais modernas de invasão de sites do governo. No total, foram descritas 30 formas de obtenção de madeira e "lavagem" de madeira ilegal.
Casos assim foram identificados no Brasil. Em 2008, diz o trabalho, hackers que trabalham com madeireiros ilegais no Pará conseguiram acessar as licenças de corte e transporte de madeira, possibilitando o roubo de 1,7 milhão de metros cúbicos de floresta. A história envolveu 107 empresas, que acabaram sendo processadas em US$ 1,1 bilhão.
De acordo com a Interpol, a retirada ilegal de madeira está associada também ao aumento de violência em geral, assassinatos e agressões a populações indígenas. A Polícia Internacional alerta que é necessário um esforço global coordenado para lidar com o problema.
"A exploração madeireira ilegal pode minar esse esforço, roubando as chances de um futuro sustentável de países e comunidades, caso as atividades ilícitas sejam mais rentáveis do que as atividades legais de Redd (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação)", afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, durante a divulgação do relatório.
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Código Florestal amplia anistia para grandes produtores. Expectativa é de vetos pontuais
Proposta é aprovada pelo Senado sem alterações em relação ao texto votado na Câmara. Foi mantida a ampliação de anistia a médios e grandes produtores e possibilidade de recompor margens de rios e nascentes desmatadas com espécies exóticas.  Expectativa é de vetos pontuais.
O Senado aprovou por votação simbólica, a MP (Medida Provisória) sobre o Código Florestal sem alterações em relação ao texto votado pela Câmara, no dia 18/9. O projeto segue agora à sanção. A expectativa ontem no Congresso era de que a presidenta Dilma Rousseff deve vetar pontualmente o projeto
A reprotagem é publicada pelo sítio do Instituto Socioambiental - ISA, 27-09-2012.
“A possibilidade de veto é real. Assim como a possibilidade de que, com argumentos técnicos, se possa construir um novo entendimento. Mas não há compromisso do governo de não vetar nenhuma questão que ele entenda que seja necessário vetar”, afirmou o líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
Se não fosse apreciada ontem, a MP perderia a validade no dia 8/10, já que as votações no Congresso estão ocorrendo só alguns dias por mês durante a campanha eleitoral. Se a norma caducasse, o governo só poderia editar uma nova MP ano que vem.
Embora Braga e outros líderes governistas insistam que o governo continua defendendo o texto original da MP, muitas modificações foram feitas pela comissão mista do Congresso que o analisou, atendendo a quase todas as demandas ruralistas.
As alterações foram referendadas pelo plenário da Câmara e, agora, pelo do Senado. Mesmo com os vetos, é impossível resgatar o texto original elaborado pelo Planalto que tentava restabelecer parte do conteúdo acordado com a bancada ruralista no ano passado, quando o projeto de novo Código Florestal foi aprovado pelo Senado.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) liderou as poucas críticas feitas ao projeto na votação de ontem. “O que era ruim, lamentavelmente, piorou”, comentou.

Os OGM estão novamente no banco dos réus


Comentários/opinião
Mais um pouco do tema agrotóxicos e transgênicos. De capítulo em capítulo, de round em round e de confronto em confronto, pode ser que a sociedade, a humanidade e o próprio planeta consigam sair vencedores. É difícil. Mas, como se diz lá na região onde eu nasci, "não está morto quem peleia, dizia uma ovelha no meio de dez cachorros"!
Um estudo francês constata um número maior de tumores e uma mortalidade mais elevada em ratos alimentados com milho geneticamente modificado da Monsanto.
A reportagem é de Marc Mennessier e está publicada no jornal francês Le Figaro, 19-09-2012. A tradução é do Cepat.
As imagens dão motivos para medo: os ratos alimentados com um milho transgênico, largamente utilizado na ração animal há ao menos 10 anos, desenvolveram tumores monstruosos, alguns do tamanho de bolas de pingue-pongue. O fígado e os rins desses infelizes roedores também apresentam graves lesões (necroses, congestões...) e sua mortalidade é duas a três vezes maior.
Estes são os resultados “alarmantes”, segundo seus autores, de um estudo que deverá ser publicado na revista Food and Chemical toxicology e também no Le Nouvel Observateur com o título: “Sim, os OGM são venenos!”. O estudo reaviva os debates sobre a periculosidade real ou presumida dos organismos geneticamente modificados, num contexto em que a França tenta, no momento sem sucesso, proibir essas cultura na Europa.
Sob a responsabilidade de Gilles-Éric Séralini, professor de biologia molecular na Universidade de Caen, os autores desse estudo acompanharam durante dois anos nada menos que 200 ratos que eles distribuíram em nove grupos de 20 indivíduos cada. O objetivo era testar os efeitos de um regime alimentar contendo três doses (11%, 22% e 33% da ração total) de milho transgênico NK603 da Monsanto, que foi tratado ou não com Roundup, herbicida também produzido pela Monsanto ao qual esse milho é resistente. Enfim, três outros grupos de roedores foram alimentados com água que continha doses de herbicidas próximas daquelas comparadas aos animais indicadores alimentados com uma variedade não transgênica, muito próxima (mas não idêntica ou isógena) do NK603 e que não recebeu Roundup.