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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Aprovada reforma do Código Ruralista, digo Florestal

Comentários/opinião
Após idas e vindas, marchas e contra-marchas, o Código Ruralista, opss, o Código Florestal foi aprovado.
Trata-se de mais uma grande demonstração do grau de degeneração a que chegou uma instituição que se transformou de Parlamento em Para Lamento.
Lamentar o custo dos processos eleitorais, os esforços de alguns abnegados e sonhadores que tentam furar os bloqueios do poder econômico e financeiro e o poder das curriolas de várias naturezas (corporativas, religiosas, econômicas, midiáticas), das dinastias familiares, etc.
Lamentar os caminhos de desvio de dinheiro público que são construídos impunemente, a institucionalização de um verdadeiro centro de negócios e o mau exemplo que é passado continuamente para a sociedade. E tantos outros motivos para a gente lamentar.
Estão colocadas a seguir várias matérias da mídia de hoje, que corroboram o mais atual processo a lamentar, ocorrido no "para lamento" nacional.   
Ruralistas dão motivos para Dilma vetar mudanças no Código Florestal
Rompendo acordo com governo, ruralistas lideram aprovação do Código Florestal na Câmara, ampliando retrocessos do texto elaborado no Senado. A presidente Dilma ainda não se manifestou, mas possui uma lista de motivos para utilizar sua prerrogativa de veto: o rompimento do acordo por parte dos ruralistas, seus compromissos de campanha de não aprovar nada que aumente o desmatamento e promova a anistia de desmatadores e a pressão internacional às vésperas da Rio+20.
A reportagem é de Vinicius Mansur.
Brasília - Por 274 votos a favor, 189 contrários e 2 abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (25), o relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) que modifica o Código Florestal, impondo sérios retrocessos à legislação ambiental brasileira.

Aprovada reforma do Código Florestal. Ruralistas impõem derrota ao governo
Após 13 anos de tramitação no Congresso Nacional, a reforma do Código Florestal passou pela última etapa de votação ontem na Câmara com uma importante derrota para o governo Dilma Rousseff. A derrota só não foi maior porque os ruralistas se viram impedidos de garantir anistia ampla para os desmatadores, conforme desejavam. A recuperação das áreas desmatadas - principal polêmica que opôs ambientalistas e ruralistas - será objeto de novas batalhas no Congresso.
A reportagem é de Marta Salomon e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 26-04-2012.

O novo Código Florestal, que segue para a sanção da presidente, determina que propriedades rurais com rios de até 10 metros de largura terão de recuperar uma faixa de 15 metros em cada margem. Há atenuantes nessa regra para os pequenos produtores. Mas o texto é omisso sobre o que fazer com propriedades que têm rios mais largos.

 

Texto é vitória ruralista e desmate vai subir, dizem ambientalistas
Apesar de a recuperação de 15 metros das margens de rios com até 10 metros ter ficado no Código Florestal, o relator Paulo Piau conseguiu aprovar seu parecer na íntegra, derrubando 21 pontos do texto do Senado que garantiam mais proteção às florestas.
A reportagem é de Giovana Girardi e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 26-04-2012.
Para Tasso Azevedo, consultor ambiental, essas mudanças tornam o texto muito pior e o resultado pode ser considerado vitória dos ruralistas. "Não resta saída a Dilma senão vetar", diz.
Um dos recuos é em relação ao cadastro rural. O texto do Senado dava um prazo de cinco anos para que os produtores fizessem o cadastro e só com isso eles poderiam pedir o crédito rural. Essa necessidade caiu.

Aperto fiscal bate recorde no trimestre. Governo economiza para pagar juros

Comentários/opinião
Sinceramente, eu preferia não ter lido essa barbaridade. Desculpe-me quem me lê, mas agora não posso evitar que você compartilhe dessa desgraça.
Por que não poderiam ir - vejam, está no futuro do pretérito - alguns centavinhos a mais para a educação, a saúde, a  previdência, a erradicação da miséria, analfabetismo e epidemias, a habitação, o saneamento, a infra-estrutura e outras "coisinhas" mais? Bem, acho que todos sabemos as respostas. Capitalismo deriva de capital, cujos donos é que mandam em tudo e em todos. A nós outros, vis mortais, apenas cabe obedecer. E pagar.
Graças à elevada arrecadação de tributos federais, o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) conseguiu fazer no primeiro trimestre deste ano uma economia recorde para pagamentos de juros da dívida pública. O superávit primário foi de R$ 33,75 bilhões, 31,3% a mais que nos três primeiros meses de 2011. O esforço fiscal não impediu que o governo conseguisse deslanchar os investimentos, que avançaram 23,5% no período, totalizando R$ 15,7 bilhões.
A reportagem é de Renata Veríssimo e Eduardo Cucolo e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 26-04-2012.
"Não vejo contradição entre o aumento dos investimentos e um bom primário", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Desde o ano passado, os gastos com obras estavam emperrados. A reversão de cenário ocorreu em março quando foram investidos R$ 6,1 bilhões. Ainda assim, o governo central teve um superávit de R$ 7,56 bilhões, o terceiro melhor resultado para meses de março.


A desigualdade nos Estados Unidos. Era uma vez o sonho americano...

Comentários/opinião
Sim, sim, "faz o que eu digo mas não faz o que eu faço". Ou, "é mais fácil ver o cisco no olho do outro do que a trave que está dentro do seu próprio olho".
O sonho americano acabou. Um artigo acadêmico da professora da Universidade de Stanford, Terry Karl, mostra como os Estados Unidos se tornaram um dos países mais desiguais do planeta. Segundo o trabalho de Karl, dos 34 países mais desenvolvidos, que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), só a China, o México e a Turquia possuem maiores desigualdades na renda, que os Estados Unidos. Além disso, segundo a OCDE, os Estados Unidos possuem as políticas menos efetivas, em gasto social, para aliviar a pobreza, além do menor nível de imposto aos rendimentos, entre todos os países desenvolvidos.
A reportagem é de Santiago O’Donnell, publicada no jornal Página/12, 22-04-2012. A tradução é do Cepat.
O artigo, intitulado “Desigualdade: lições latino-americanas para os Estados Unidos”, está baseado em diferentes estudos sobre a questão. Afirma que nos Estados Unidos os 10% mais ricos ganham quinze vezes mais que os 10% mais pobre. A diferença tem crescido muito nas últimas décadas, e fica ainda mais evidente se for levado em consideração o 1% mais rico, em que a média é de uma renda de 1,3 milhão de dólares anuais, e que conta com quatro quintos das pessoas que aumentaram as rendas, entre todos os estadunidenses, de 1980 até 2012. Os grandes ricos, que representam 0,1% dos estadunidenses, são os que mais se beneficiaram com esta tendência. Eles acumulam uma renda anual na média de 27,3 milhões de dólares. Os que representam 0,01% da população recebem 6% do total da renda das famílias estadunidenses.

Plano para integrar América do Sul tem custo de U$ 21 bi

Comentários/opinião
O valor para essa empreitada parece muito grande mas é insignificante na presença de outros investimentos ou gastos com finalidades nem sempre justificadas social ou economicamente. Ou por ambas. Agregue-se o fato dos valores incalculáveis dos resultados desses projetos, em termos econômicos, sociais, de integração de povos, culturais etc etc e etc.
É absolutamente inacreditável que sejam visualizdos e priorizados.
América do Sul tem a possibilidade de chegar em 2022 com os mercados mais integrados fisicamente e em um novo patamar de cooperação multilateral entre os países. Essa é a oportunidade deixada em aberto pelo plano de integração da infraestrutura do continente, debatido ontem pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em evento em São Paulo.
O estudo, que começou a ser desenvolvido em novembro do ano passado, apresenta 88 projetos ligados às áreas de transporte, energia e integração fronteiriça, como a ampliação de posto de fronteira, com previsão de conclusão em até dez anos. Dessas obras, 31 foram consideradas prioritárias e estruturantes - que dão suporte a outras em um segundo momento - divididas em oito eixos, visando o desenvolvimento regional. A estimativa é que os projetos necessitem de US$ 21 bilhões para que saiam do papel.
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Para Ipea, Brasil desperdiça em um ano mais de uma Itaipu em energia

Comentários/opinião
É no que dá quando um planejamento é feito sob princípios que não guardam total racionalidade, mas sofrem influências de interesses não muito bem explícitos. É o caso do planejamento energético cruzado com interesses econômicos, políticos e outros. O Brasil, que é riquíssimo em termos fontes hidrelétricas mas também em outras fontes, poderia ter melhor equilíbrio e racionalidade na produção energética como um todo. 
A dois anos do prazo final para erradicação de lixões, país tem 2.906 deles em 2.810 municípios e recicla parcela mínima dos resíduos
Publicado em 25/04/2012, 17:15
O que se gasta com bagaço de cana-de-açucar é suficiente para gerar 16.464 megawatts ao ano, mais que a maior hidrelétrica brasileira (Foto:Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress)
São Paulo – Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traça um panorama preocupante para a implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2000 e com prazos variados a vencer nos próximos dois anos.
No momento em que se realiza a construção de hidrelétricas na Amazônia, contestadas por ambientalistas, o comunicado do Ipea revela que o país desperdiça mais de uma usina de Itaipu em bagaço de cana-de-açúcar. As 201 mil toneladas de resíduos dessa cultura seriam suficientes para gerar 16.464 megawatts ao ano, mais que a maior hidrelétrica brasileira (14.000 megawatts)