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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Todo espelho tem o verso e o reverso

Comentários/opinião
Dou testemunho de que a Coppe é uma instituição séria, referência inconteste para estudos energéticos nacionais e internacionais. É – espero que ainda seja – comandada pelo professor Pinguelli Rosa, personalidade também séria e respeitável. Entretanto, nada impede que um pesquisador da instituição possa estar defendendo, nessa questão de térmicas a gás, os interesses de grupos ou pessoas. Neste caso, leia-se Eike Batista, por exemplo. Não tenho elementos fáticos para afirmar isso, apenas suposições. Mas que é possível, é possível.
Quanto a fatos, é bom não esquecer que os aproveitamentos energéticos hidrelétricos já realizados montam apenas a cerca 1/3 do potencial hidrelétrico disponível no Brasil. É renovável, diferentemente do gás, com vários regimes complementares de chuvas, dadas as dimensões e características continentais do país e o seu sistema de transmissão interligado. Aliás, o maior do mundo. Alem disso o Brasil tem condições ainda incalculáveis de recursos renováveis.
Esses são fatos que estarão presentes até que o planeta Terra possa vir a se tornar igual ou semelhante ao planeta Marte. O que é possível - nada provável - que aconteça amanhã ou na semana que vem... Até lá, ou até 2035, previsões como as do professor Schaeffer podem ter valor apenas  como possibilidades, não probabilidades concretas. Ou são indicações de interesses econômicos/financeiros subalternos. Em qualquer situação, porém, sempre convém ficarmos atentos.
Hidrelétricas perdem até 30% com clima, diz Coppe
As mudanças climáticas tendem a exigir investimentos adicionais do Brasil em geração elétrica da ordem de US$ 50 bilhões até 2035 ou 2040, disse ontem o pesquisador Roberto Schaeffer, professor de planejamento energético do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
A reportagem é de Francisco Góes e publicada pelo jornal Valor, 13-06-2012.
Os recursos teriam de ser aplicados em projetos de geração térmica a gás e em novas linhas de transmissão de eletricidade, que ajudariam a compensar perdas de até 30% na capacidade de geração de usinas hidrelétricas afetadas pelas mudanças de clima.