Comentários/opinião
Parece que a
notícia ajuda a confirmar duas afirmações muito divulgadas, uma no cotidiano
popular e outra, nas rodas de intelectuais. 1 – “o que é mal ganho é mal gasto” e 2 – “tudo
que é sólido se desmancha no ar”, ao que se poderia acrescentar: “tanto mais o
que não é sólido”.
A própria matéria já
traz algumas justificativas, ao destacar que ele tem feito promessas e não tem
cumprido, restando apenas suas tão decantadas basófias, que a mídia lambe-botas
tanto adora.
Na realidade, a
fortuna do Eike tem sido construída sobre algumas bases sólidas e outras bases
falsas. Por um lado, a sua inegável inteligência e, mais do que isso, a sua "expertise" ( no vulgo, "esperteza"); as facilidades de trânsito nos caminhos do poder, herdadas de seu
pai; a construção de um sólido acervo de saberes sobre petróleo, obtido dos
fantásticos conhecimentos desenvolvidos pela Petrobrás. Por outro lado, o jogo no
fogo fátuo das bolsas de valores, ou seja, a construção fictícia de valores sem
valor real, submissos ao sabor dos ventos do tal “mercado”.
Tudo isso tem muitas
as razões para não dar – e não tem dado – certo o tempo todo. Um dia, acaba. E
esse dia, o do fim do fogo fátuo, chegará. Em definitivo!
O empresário Eike
Batista é o bilionário que mais perdeu dinheiro no ano passado,
segundo a classificação da"Bloomberg".
A publicação, que
divulga a lista diariamente, diz que o empresário registrou uma perda de US$
10,1 bilhões em 2012.
O empresário ocupa
atualmente a 75º posição de homem mais rico do mundo, com um patrimônio líquido
de US$ 12,4 bilhões. Em 27 de março de 2012, ele ocupava o 8 º lugar no
índice da Bloomberg, com US$ 34,5 bilhões.
"O próximo ano
vai ser de muito trabalho para Eike", disse à Bloomberg Lucas Brendler, do
Banco Geração Futuro de Investimentos, em Porto Alegre. "Vai ser um ano
para ele recuperar a confiança dos investidores e deixar o reino da teoria e
começar a produzir resultados".
Em novembro, Eike
perdeu a posição de pessoa mais rica do Brasil para o Jorge Paulo Lemann, um dos donos da Ab InBev,
maior cervejaria do mundo e dona da Ambev, que detém uma fortuna de US$ 18,8
bilhões; e para Dirce Camargo, do conglomerado Camargo Corrêa, com fortuna de
US$ 13,4 bilhões.