Pode ser que muitos dos poucos "acessadores" (não confundir com assessores e, caso não exista o vocábulo, eu acabo de criá-lo...) a este modesto e despretensioso Blog achem uma chatice a leitura do texto abaixo. Respeito imensamente isso, mas achei a matéria muito interessante e profunda. Além disso, bate com uma porção de idéias que tenho estado desenvolvendo. Por exemplo, na matéria sobre decrescimento que foi publicada no jornal O Engenheiro, do Senge-PR e também neste Blog. Gostaria de conhecer melhor a entrevistada. Vou guardar esse nome.
São interessantes também algumas matérias correlatas, anotadas também na publicação do IHU Notícias, de 11-01-2012.
Uma crítica ao modelo desenvolvimentista adotado pelos governos populares da América Latina
"Um bloco mais sensível ao bem estar, mas que não consegue pensar a possibilidade de uma transformação, de uma melhoria na situação do nosso país fora do projeto eurocêntrico. Não há uma ruptura. Ficamos ofuscados porque são governos de esquerda, mas essa novidade não é muito profunda. Entraram para competir, participar da concorrência para emergir como bloco dentro dos mesmos princípios e balizas do capitalismo global". A afirmação é da antropóloga Rita Segato em entrevista ao Brasil de Fato, 10-01-2012,
Rita Segato é professora da Universidade de Brasília (UNB) e na entrevista faz profundas críticas ao modelo de desenvolvimento adotado pelos governos populares eleitos na América Latina e cita o Suma Kawsay como alternativa.
Rita Segato conhece de perto a realidade dos povos indígenas das Américas. Sua prática antropológica sempre se desloca ao encontro do outro e rechaça contatos antissépticos. Talvez por isso, somada à capacidade de relacionar temas e perspectivas teóricas, Rita hoje tenha grandes contribuições aos discursos construídos sobre o Bem Viver – que ela chama de Bom Viver – no Brasil.
Eis a entrevista.