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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mercosul em dose dupla

Comentários/opinião
Abaixo, estão plotadas duas matérias, divulgadas pela Carta Maior, a respeito do Mercosul, as quais se agregam a uma recente análise do embaixador Pinheiro Guimarães. São muito pertinentes para desmistificar opiniões depreciativas que são divulgadas seguidamente para depreciar o avanço da articulação regional. Que tem andado muito devagar, é verdade, mas está andando.
Mercosul: Integração e desenvolvimento
A entrada para o Mercosul tornou-se estratégica para a Venzuela. A possibilidade que agora se abre é a de transcender a integração comercial, passando a uma nova fase: a integração produtiva. Os governos brasileiro e venezuelano, especialmente por meio da missão do IPEA em Caracas, vêm promovendo iniciativas de fortalecimento e complementação industrial em diversas áreas, sobretudo na fronteira e na Faixa Petrolífera do Orinoco. O artigo é de Luciano Wexell Severo e Paulo Vitor Sanches Lira.
Luciano Wexell Severo (*) e Paulo Vitor Sanches Lira (**)
Em geral, as opiniões da chamada grande mídia contra a entrada da Venezuela no Mercosul tem como base argumentos que não se sustentam quando postos à prova. Muitos “analistas” optam por desenvolver interpretações da situação política, social ou econômica do país vizinho baseados em relatórios de instituições pouco confiáveis ou até mesmo em ONGs sediadas nos países centrais. Entendemos que o caso merece análises muito mais sérias e abrangentes.

Mercosul deixa de ser um projeto centrado no Cone Sul
Em entrevista à Carta Maior, o embaixador Antonio José Ferreira Simões, Subsecretário-Geral da América do Sul, Central e do Caribe, analisa a crise político-institucional no Paraguai, o ingresso da Venezuela no Mercosul, o atual estágio do processo de integração regional e os novos desafios para a política externa brasileira. O ingresso da Venezuela dá novo contorno geopolítico ao Mercosul, que deixa de ter um projeto centrado no Cone Sul e amplia sua capacidade de irradiação para o Caribe e para a América Central, destaca o embaixador.
Da Redação
"É preciso que a sociedade brasileira se conscientize do que significa ser a 5ª economia do mundo. Grande parte da população ainda tem uma imagem do Brasil como país periférico, de menor importância no cenário internacional. Mas essa imagem é totalmente equivocada. O Brasil, ao lado dos Estados Unidos e da China, são os únicos três países que estão, ao mesmo tempo, na relação dos dez países de maior território, dos dez países mais populosos e dos dez países com maior PIB no mundo. O principal desafio da diplomacia brasileira é, portanto, mostrar à sociedade brasileira que o Brasil precisa ter uma atuação externa à altura de sua potencialidade econômica, política e social". 
A avaliação do embaixador Antonio Simões fornece a moldura geral de sua análise sobre os mais recentes episódios envolvendo o processo de integração regional. O modelo de integração do MERCOSUL, defende o diplomata brasileiro, é distinto do modelo europeu que atualmente atravessa grave crise. "Aqui, optamos por um processo de integração em que, mais importante do que haver uma economia-âncora, é que as sociedades de todos os países estejam envolvidas no processo de integração".