Comentários/opinião
São sempre de grande valia as matérias
elaboradas pelo Washington Novaes. Vale
a pena não somente ler como também guardar no repositório da memória e nos arquivos
digitais das coisas importantes. Para os momentos oportunos, como subsidio
adequado para evitar dizer-se besteiras, apenas com base em informações divulgadas
pelas mídias tendenciosas, subalternas e atreladas aos interesses de grupos e
grupelhos políticos e/ou econômicos.
A mesma retórica, apenas, não resolverá
"Não haverá desenvolvimento sem
erradicar a fome", alerta a FAO", informa Washington Novaes,
jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo,
06-12-12.
Ele pergunta: "No novo mundo que
se configura, Ocidente em crise, Oriente em ascensão, mas segundo padrões
semelhantes (o ex-ministro Delfim Netto apelidou
o novo modelo de "Engana", mistura de England com Gana), por onde se
poderá caminhar? E o Brasil, nessa conjuntura específica, que fará, escapando à
retórica antiga, esgotada?"
Eis o artigo.
Em debate acadêmico em Porto Alegre
entre economistas do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) - Marcos Antonio Macedo Cintra -
e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - Maryse Farhi -, há poucas semanas, o primeiro
chamou a atenção para o cenário do mundo, hoje. Apontou para um século XXI de
"domínio asiático" e de "consequências apavorantes" para a
América Latina, já que "os chineses precisarão de um mundo que apenas
forneça alimentos e matéria-prima para o seu consumo interno, que chegará a 4
bilhões de pessoas na classe média em 2020". Isso condenaria o Brasil, na
relação com a China, à posição de exportador de
alimentos e matérias-primas e importador dos produtos da revolução tecnológica
chinesa.