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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BNDES anuncia R$ 4 bilhões para canaviais

Tentando traduzir o economês da matéria – coisa difícil para nós, vis mortais - cabe destacar questões financeiras, políticas e estratégicas, que não podem ficar subalternas, periféricas ou no limbo.
1. Os números significam que 20 mi vão para taxas de intermediação, outros xx mi são negociados com o agente repassador (o que é isso?). Mais 36 mi  (ou 52 mi) vão para a remuneração do banco de fomento (BNDES?). Todo esse “ervário” não produz um só pé de cana!
2. Mais quanto acabará indo - pelos meandros e interstícios do “mercado” financeiro - para a aquisição de títulos do governo, ao dobro da taxa de empréstimo?
3. Tudo isso subtraído, quanto sobrará para ser aplicado efetivamente no objeto – tido como real e necessário - do programa?
4. Por que e para que continuar plantando mais cana e produzindo mais álcool  para exportação?
Bem, esta é fácil de responder: é para transferir renda nacional para o mercado financeiro, ganancioso e especulador. Tanto o internacional como o nacional.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou novo programa para incentivar a produção de cana-de-açúcar por meio de financiamentos à renovação e à ampliação de canaviais no país.
A reportagem é de Rafael Rosas e publicada pelo jornal Valor, 12-01-2012. Publicado no IHU Notícias da mesma data.
BNDES Prorenova, como foi batizado, tem orçamento de R$ 4 bilhões e vigência até 31 de dezembro deste ano. Segundo o banco, espera-se que os recursos possam financiar a renovação e/ou ampliação de mais de 1 milhão de hectares de cana-de-açúcar
Com o aumento da disponibilidade de matéria-prima, a expectativa é que a produção de etanol aumente de 2 bilhões a 4 bilhões de litros entre 2013 e 2014, o que representaria um aumento de mais de 10% em relação à safra atual
As operações serão indiretas e, para as empresas médias-grandes e grandes, aquelas com receita operacional bruta igual ou superior a R$ 90 milhões, a taxa de juros é composta de taxa de juros de longo prazo (TJLP), atualmente em 6% ao ano, mais 1,3% de remuneração básica do BNDES. Há ainda a taxa de intermediação financeira de 0,5% e a remuneração do agente repassador, negociada entre este e o beneficiário
O programa terá participação máxima do BNDES de até 80% dos itens financiáveis. O prazo total está limitado a 72 meses, incluindo carência de, no máximo, 18 meses.
Para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) já existe apoio via BNDES Automático para operações abaixo de R$ 20 milhões com condições mais vantajosas. Nesse caso, a remuneração básica do banco de fomento é de 0,9%.

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