Comentários/opinião
Tenho, desde há muito, batido na tecla da absoluta “(des)necessidade”, para não dizer estupidez e imbecilidade – mas já o dizendo – do mito das tais “agências reguladoras”. Meu chavão sempre foi – e continuará a ser – “raposas que cuidam dos galinheiros”. Ao que acrescento: “a serviço exclusivo dos raposões-mór, os donos do capital.
O exemplo tomado como mote no texto abaixo, nos remete integralmente para a luta – um tanto solitária e bastante inglória - do nosso companheiro Paulo Sidney, na questão das ferrovias no Brasil. E, como se constata, também ocorreu na Argentina, que tinha um sistema ferroviário que sempre deu de 10x0 no sistema brasileiro. Isso, no tempo em que ele existia e apesar das deficiências de apoios governamentais à nossa brava ex-RFSA.
O texto abaixo está totalmente dentro desse contexto. Aliás, tenho admirado bastante os textos do Saul Leblon, na Carta Maior. Ele já está incluído entre os meus gurus.
Carta Maior – 25-02-2012
Por Saul Leblon
Um trem de passageiros breca na entrada da estação, mas o freio não responde; a composição com mais de mil pessoas a caminho do trabalho tromba numa barreira de concreto. O segundo vagão esmaga o primeiro e assim, sucessivamente; o efeito dominó mata 50 pessoas e fere outras 700. A decifração do desastre que abalou a Argentina esta semana inclui particularidades que materializam uma discussão recorrente nas sociedades submetidas à onda de privatizações de serviços públicos dos anos 80/90, mitigadas mas não interrompidas nas décadas seguintes pelos governantes da região. O do Brasil entre eles.
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