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quinta-feira, 1 de março de 2012

"O Brasil está vivendo um estado de exceção", diz urbanista

Comentários/opinião
Parece brincadeira ou piada ou ficção. Ou seja, é inacreditável.
A que ponto chega a subserviência e a subalternidade aos interesses políticos, eleitorais, econômicos e financeiros e as absurdas concessões daí decorrentes. Tudo numa boa.
Sob meus parâmetros de raciocínio, que suponho com certa lógica, há enormes similaridades com algo que eu chamaria de “estupro concedido”. E paro por aí, mas acho pouco. Porém, eu ando muito concessivo...
Em outra comparação, acho que podemos estar reinventado o “pão-e-circo”, de forma simplificada, sob a consigna: “se o povo já tem o circo, para que irá quer o pão?”. E não importa quanto custe o circo, porque o povo irá pagá-lo com grande alegria e satisfação. Será, mesmo?
Por Bruno Huberman, de Veja
Publicado pelo Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza, da UFRJ
O urbanista Carlos Vainer acredita que o Brasil vive um momento “excepcional”. No entanto, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) não utiliza a palavra no sentido positivo do termo. Para ele, desde que o país foi eleito para receber os dois maiores eventos esportivos do planeta – a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos – a série de flexibilizações legislativas criaram um novo fenômeno urbanístico: as “cidades de exceção”.
Segundo um estudo feito por Vainer, os municípios passaram a ser geridos por interesses particulares, como os da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional (COI), em detrimento do interesso público e dos direitos humanos. O urbanista teme que, passadas as competições, legislações aprovadas em caráter excepcional acabem virando regra. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

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