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sexta-feira, 23 de março de 2012

O contraponto tucano à petrobras

Comentários/opinião
Parece "chover no molhado", mas não é porque "tanto vai o pote à fonte que um dia quebra". Porém nem sempre "uma mentira repetida muitas vezes vira verdade", ou seja, "toda mentira tem pernas curtas".
O abuso de tantos ditos populares se aplica "como uma luva" ao caso da matéria destacada abaixo, na Carta Maior, 21-03-2012, referenciada ao texto de Saul Leblon, anexado abaixo.
O chover no molhado se refere à questão da real doação da Vale pelo governo FHC, tantas vezes denunciada como o maior exemplo de ação contra a pátria, nos últimos tempos.
Os três outros ditos se aplicam às ações e aos discursos da tucanagem, de hoje e de há muito tempo.
Numa entrevista famosa ao portal da revista Veja,em 2009, FHC justificou a venda da Vale do Rio Doce, entre outras razões, ao fato de a 2ª maior empresa de minério do mundo ter se reduzido --na sua douta avaliação--  a um cabide empregos, 'que não pagava imposto, nem investia'. Notícias frescas da Receita Federal abrem um contraponto constrangedor à discutível premissa fiscal tucana. A Vale foi acionada e dificilmente escapará, exceto pela boa vontade de togados amigos, de pagar R$ 30,5 bilhões sonegados ao fisco durante a década em que esteve sob o comando de Roger Agnelli, o centurião de tucanos e acionistas. O calote, grosso modo, é dez vezes maior que o valor obtido pela venda da empresa, em 1997; equivale a quase um ano de seu faturamento, com exportações da ordem de 300 milhões de toneladas de minério. Ademais do crime fiscal, o golpe injeta coerência extra a personagens desse episódio-síntese de uma concepção de país e de desenvolvimento desautorizada, de vez, pela crise mundial.

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