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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Revoluções nas comunicações?

Comentários/opinião
Está iniciando uma revolução nas próprias revoluções já havidas nos modos e nos meios de nos comunicarmos?  Acho ótimo. Todavia, pelo menos três questões básicas continuam: a) comunicar o quê; b) qual a qualidade da informação, em termos de veracidade e seriedade; c) quais mecanismos a sociedade terá para controlar os itens a) e b)?
Vejam as matérias plotadas a seguir e meditem um bocado sobre os desafios colocados.
Ambas foram divulgadas pelo IHU Notícias, respectivamente nos dias 13 e 03-04-2012, traduzidas pelo Cepat
Coincidentemente, foram publicadas no jornal argentino Página/12. E também coincidentemente, nada dessas novidades tem espaço em nossas mídias.
Qual será o por quê de tanta coincidência?...  Não é difícil descobrir...
A transmissão distribuída. "Meu objetivo é extinguir a televisão"
O criador do BitTorrent lançou um serviço que promete ser uma nova revolução para a Internet. Quanto mais espectadores assistem, mais rápido anda. “Meu objetivo é extinguir a televisão”, disse Bram Cohen.
A reportagem é de Mariano Blejman, publicada no jornal Página/12, 10-04-2012. A tradução é do Cepat.
BitTorrent Live funciona exatamente ao contrário da forma como funcionavam, até agora, as transmissões ao vivo: quanto mais pessoas estão conectadas a um mesmo serviço, mais veloz pode ser a conexão. Impressionante. Este simples conceito poderia revolucionar várias coisas ao mesmo tempo: “Meu objetivo é extinguir a televisão”, disse Bram Cohen, em fevereiro, um pouco sério e um pouco em tom de brincadeira. Também permitirá realizar transmissões, ao vivo, sem grande infraestrutura. É que mais de 40% da circulação mundial usa o protocolo BitTorrent, que o próprio Cohen inventou, há pouco mais de uma década, quando revolucionou a forma de compartilhar arquivos. Agora, ele vem com um serviço de “transmissão”, em linha, que é conceitualmente fabuloso, num momento em que as águas da circulação de informação na Internet estão “quentes”.
Internet e cidadania. “A mudança acontecerá, a questão é que lugar o Estado ocupará”
desenvolvimento tecnológico transformou completamente a economia, a ciência, os meios de comunicação e, inclusive, a política. Atualmente, o poder sobre a informação se define na rede, por meio da fibra ótica. De sua parte, os Estados encontraram novas possibilidades para aproveitarem estas tecnologias, gerando novas estratégias de comunicação ou, bem, novos métodos de controle. A posição política de cada governo determina o uso destas tecnologias como ferramentas públicas ou a serviço de interesses privados. A partir de sua militância, Sebastián Lorenzo começou a indagar-se a respeito do impacto das novas tecnologias na política, especialmente na relação entre administração pública e cidadania. Ele fundou o PJ digital(primeiro agrupamento político, na América Latina, a nascer e desenvolver-se integralmente na Internet), o Fórum Internacional das Sociedades Digitais e o Observatório Ibero-Americano de Governo Aberto. Desempenhou-se como diretor da Escola Nacional de Governo, a partir de onde tem estimulado o “Governo Aberto”, formalizando o uso que os governos fazem da Internet como uma ferramenta fundamental para a política e a administração. O projeto se desenvolve junto com políticas públicas, como Conectar Igualdade e Argentina Conectada.
A entrevista é de Julia Goldenberg, publicada no jornal Página/12, 02-04-2012. A tradução é do Cepat.

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