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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sinônimos e antônimos

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Se intermitente é sinônimo de perene, convém convocar os dicionaristas (Huais, Aulete e outros) para colocarem também no nosso vocabulário que zig-zag é sinônimo de retilíneo e, bem assim, caracterizar a linha política "zig-zagueante" do governo como um claro rumo retilíneo. Assim também poderiam mudar a forma do dito popular "uma no cravo, outra na ferradura", para "todas diretamente no casco do animal"! E quem vocês acham que é o infeliz animal?
Matéria transcrita no IHU Notícias, 31-05-2012.
Um dos aspectos frustrantes da medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff, de forma casada com vetos pontuais ao Código Florestal aprovado pelo Congresso, é a redução das exigências legais para a recuperação de nascentes.
O comentário é de Márcio Santilli em artigo no sítio do Instituto Socioambiental – ISA, 30-05-2012.
Eis o artigo.
Os legisladores do Planalto introduziram deliberadamente no texto da medida a expressão “perenes”, com o intuito de excluir dessas exigências as nascentes intermitentes que, frequentemente, ocorrem em regiões com menor disponibilidade anual de água.
Diante da reação de espanto com a introdução, por moto próprio do Planalto, de mais um retrocesso na legislação florestal, circulam rumores em Brasília de que a ANA (Agência Nacional de Águas) será convocada a publicar uma nota técnica sustentando que “intermitente” também é “perene”, de modo a evitar uma reedição da medida provisória pela presidente.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Wallerstein : por que o futuro da Europa é importante

Comentários/opinião
Mestre Wallerstein sempre espalhando sabedoria. Temos apenas uma indentidade muito forte: a certeza de que o capitalismo está em fase terminal.  Outras identidades seriam impossíveis, dada a disparidade dos nossos respectivos saberes...
Vejam a matéria na publicação do sítio Outras Palavras no endereço abaixo.
Num cenário conturbado, Grécia e França empurram continente à esquerda, pressionando Alemanha. Se esta ceder, toda conjuntura global mudará
Por Immanuel Wallerstein | Tradução: Daniela Frabasile
As eleições nos sistemas parlamentares ocidentais sempre têm a ver com o centro. A situação mais comum é aquela em que existem dois partidos dominantes – um mais à direita e outro mais à esquerda do centro. Existem diferenças entre as políticas que esses partidos colocam em prática quando estão no poder, mas também enormes semelhanças. A eleição nunca expressa uma divisão política profunda. Seu papel é, em vez disso, o de redefinir e relocalizar o centro – o ponto de alavanca, na gangorra entre os partidos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bradesco negocia compra do Santander no Brasil

Comentários/opinião
Entendo que se trata de pular do fogo e cair no caldeirão fervente, isto é, o resultado é praticamente o mesmo. Em outras palavras, deixamos de ser explorados pela banca internacional e passamos a ser explorados pela banca tupiniquim.
Pergunto: E para onde devem ir os vendilhões do templo, ou seja, aqueles que doaram os bancos privados e principalmente os públicos? Irão para a cadeia, como vendedores da pátria? Ou serão eleitos para a Prefeitura de São Paulo, por exemplo? Ouviram bem, efagacês e corriolas adjacentes?
Divulgado pelo IHU Notícias, 27-05-1012.
Bradesco está próximo de fechar a compra das operações do Santander no Brasil. O negócio para o banco espanhol, que já se desfez de operações no Chile e na Colômbia, passou a ser imperativo em razão do agravamento da crise bancária na Espanha, que tem exigido novos aportes de capital para fazer frente ao aumento da inadimplência. Procurado, o Bradesco não quis comentar a informação, e nenhum representante do Santander foi encontrado. Se confirmada, a operação catapultaria o Bradesco da terceira para a primeira posição no ranking dos maiores bancos de varejo do Brasil, ultrapassando de uma só vez o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil (BB).
A reportagem é de Aguinaldo Novo e publicada pelo jornal O Globo, 27-05-2012.
Pelos números de março, Bradesco Santander, juntos, somariam R$ 1,2 trilhão em ativos e R$ 108,4 bilhões em patrimônio líquido, contra R$ 896,8 bilhões e R$ 72,5 bilhões, respectivamente, do Itaú Unibanco. Já o BB fechou seu balanço no primeiro trimestre com R$ 1 trilhão em ativos (por ora, é a única instituição latino-americana a atingir essa marca) e R$ 60 bilhões de patrimônio líquido.

Outro ponto e contraponto da nossa pobre política

Comentários/opinião
Eis mais um ponto e contraponto do nosso processo político, ou mais "uma no cravo e outra na ferradura". Sem que se possa ter certeza de qual pancada é mais dolorida. Para o cavalo, evidentemente, sendo o animal apenas uma figura representativa da sociedade, a qual não sabe bem de onde vem a dor. Só sabe que ela existe e que produz muito sofrimento.
A matéria é de autoria do jornalista Leonardo Sakamoto e está contida no seu blog.
Clique no título abaixo, publicado em 24-05-2012, para ler a matéria completa.



José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, líderes do projeto agroextrativista, Praia Alta Piranheiras, em Nova Ipixuna, no Pará, eram emboscados em uma estrada e executados com tiros na cabeça há exato um ano. Por denunciarem a ação de madeireiros ilegais, sofriam constantes ameaças e intimidações.
Naquela mesma tarde da morte, a notícia do assassinato foi lida no plenário da Câmara dos Deputados, que estava discutindo como transformar o atual Código Florestal em embrulho de peixe. Ouviu-se, então, uma vaia vinda das galerias e da garganta de deputados da bancada ruralista ali presentes.

domingo, 20 de maio de 2012

O camarada que pôs fogo na crise

Comentários/opiniões
Após um breve recesso de cerca de 10 dias, retomo esta página para algumas considerações sobre o tema internacional mais recorrente do momento, o qual pode parecer conjuntural, mas, na verdade, é estrutural.
Aliás, em um artigo escrito há exatamente um mês para o Jornal O Engenheiro, do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, ainda não publicado, eu já alertava para algumas "mortes anunciadas". Entre elas, a eleição na França e a situação na Grécia que "se caracteriza como a peça mais frágil, neste momento, do dominó capitalista. E se tombar, poderá derrubar muitas outras peças cujas fragilidades estão aparentes ou ainda ocultas. Aliás, onde o nosso Brasil se enquadra: entre as peças verdadeiramente sólidas, as sólidas só na aparência, as disfarçadas, as enrustidas ou o quê? Creio que não existam condições reais para se ter certeza. Por quê? Porque também vivemos sob muitas contradições, dicotomias, pontos e contrapontos".
Ao contrário do que supõe o articulista abaixo, o nome Alexis Tsipras, de um engenheiro grego de 37 anos, é bom ser guardado com cuidado porque poderá se tornar uma referência significativa da História mundial. Quem viver, verá...
"Um Tsipras sozinho decerto não é capaz de mover tantos fundos e mundos - nem ele nem mesmo apenas a pequena Grécia", escreve Vinicius Torres Freire, jornalista, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 20-05-2012.
Segundo ele, "a mera promessa de Tsipras renovou o tumulto na economia mundial. A ameaça renovada de que a Grécia caia fora do euro levou ainda gregos a sacar dinheiro de seus bancos (por medo de que seus euros virem dracmas). Teme-se que portugueses e espanhóis, os próximos da fila, se mirem no exemplo dos cidadãos de Atenas e esvaziem e quebrem seus bancos".

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mais exemplos de morte anunciada

Comentários/opinião
Quase tudo que começa mal tem enormes possibilidades e probabilidades de continuar mal e, principalmente, de acabar mal.
As matérias plotadas a seguir, transcritas do IHU Notícias, de hoje são exemplos disso, ainda que sobre temas aparentemente não conexos.
A transposição do rio São Francisco, cogitada e defendida pelo capital "empreendedor" há décadas, no PAC virou um dos seus ícones mais badalados. E combatidos pela sociedade pobre da região atingida, culminando com a greve do bispo, que envolveu até o presidente Lula.
Desde logo era sabido que não resolveria a situação de falta de água para a população, mas sim as necessidades do sistema produtivo intensivo dos grandes agricultores do semi-árido, já existentes ou a serem ali instalados. E, claro, os interesses das construtoras das grandes obras. Houve um grande debate, foram mostradas alternativas mais baratas e adequadas às condições da região e do seu povo, mas - como sempre - deu em nada: as obras passaram a serem licitadas sem projeto, executadas sem qualidade e economicidade, etc etc.
Falo tudo isso, porque quando estava no Confea, no advento do PAC, estive estudando a questão e até foi publicado um excelente trabalho, "Semi-Árido, uma visão holística", de autoria de um atento estudioso da questão do semi-árido. Em suma, a transposição do São Chico foi - ainda é e sempre será - , um exemplo de morte anunciada. Mactub, estava escrito.
Mutatis mutandis, assim o é a antiga, desgraçada e imbecil política de transportes centrada no princípio do "transporte sobre pneus" e do atual "todo apoio ao consumismo do automóvel". Porque fatalmente levará ao caos de uma absoluta imobilidade em todas as médias e grandes cidades do país, no máximo, - repito, no máximo - em uma década. Talvez antes. Quem viver, verá!
Preço de indenização duplica no São Francisco
transposição do rio São Francisco, maior obra de infraestrutura do país tocada com recursos da União, ganhou mais um capítulo para a sua coleção de irregularidades. Desta vez, os problemas estão relacionados à desapropriação dos imóveis que estavam ou ainda estão no caminho dos mais de 600 quilômetros de calhas de cimento da obra. Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de superavaliação na desapropriação de milhares de imóveis. As indenizações analisadas pelos auditores totalizam R$ 69 milhões.
A reportagem é de André Borges e publicada pelo jornal Valor, 11-05-2012.
Os indícios são de que os valores globais das benfeitorias pagas às famílias teriam superado em 574% e em 222%, respectivamente, os limites inferiores e superiores usados como referência pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Essa superavaliação, no entendimento dos auditores, é reflexo de defeitos encontrados na metodologia usada para o calculo dos valores de indenização.

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A herança de Caim à espera dos cientistas
"A obsolescência física das estruturas urbanas é cada vez mais evidente e preocupa os especialistas. E o despreparo para enfrentar eventos climáticos extremos é grave. Pelo menos 5 milhões de pessoas vivem em áreas de risco", escreveWashington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 11-05-2012.
E ele pergunta: "Até onde se pretende ir com uma frota urbana de veículos que já tem 37 milhões em circulação e se pretende que chegue a 70 milhões no fim desta década, ainda mais concedendo incentivos ficais? Quando vão ser contabilizados, internalizados e cobrados de quem os gera os custos ambientais e de saúde da poluição urbana?"
Eis o artigo.
Que se vai fazer com as metrópoles brasileiras, com as grandes cidades e seus graves e complexos problemas? Que soluções vão ser concebidas e implantadas nesses espaços, onde se concentram - só nas 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras - 71,7 milhões de pessoas, ou 37,25% da nossa população? Como levar à prática a profusão de leis - Estatuto das Cidades, planos diretores, legislação sobre consórcios públicos, Estatuto da Metrópole, Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos,Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, legislação sobre s saúde, sobre recursos hídricos, sobre crimes ambientais, entre muitas outras? Como compatibilizá-las umas com as outras? E como pôr a ciência a serviço desses temas, formando pessoal habilitado e especializado?

terça-feira, 8 de maio de 2012

O tsunami provocado pela Internet nas universidades

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Trata-se de mais uma onda infeliz. E a sua ideia, por si só,  é bem maior e mais nefasta que um tsunami, porque está nela claramente embutida a criação de mais um processo de dominação ideológica e de exploração por parte do Império do norte. Aliás, o próprio reporter não faz qualquer segredo e ressalta isso com todas as letras.
Minha torcida é que essa nova maldita forma do ensino à distância "dê com os burros n'água", logo, logo. Infelizmente, isso não acontecerá porque os arautos tupiniquins cá da satrápia passarão a endeusar a novidade, sob a consigna que é tão do seu agrado: se é bom para os EUA, é ótimo para nós!
Matéria divulgada no IHU Notícias, 08-05-2012.
A educação à distância pela Internet não é novidade. A Universidade de Phoenix começou seu programa de graduação online em 1989. Quatro milhões de estudantes universitários fizeram pelo menos uma matéria durante o outono de 2007.
Mas, ao longo dos últimos meses, alguma coisa mudou. As universidades de elite, que ditam o ritmo das coisas, abraçaram a internet. Não faz muito tempo, os cursos online eram experimentos interessantes. Agora, a atividade online está no cerne da visão que essas escolas têm para o futuro.
A reportagem é de David Brooks e publicada no The New York Times e reproduzida pelo Portal Uol, 07-05-2012.
Esta semana, Harvard e o Massachusetts Institute of Technology dedicaram US$ 60 milhões para oferecer cursos online de ambas as universidades. Dois professores de Stanford, Andrew Ng e Daphne Koller, fundaram uma companhia, a Coursera, que oferece cursos interativos de humanidades, ciências sociais, matemática e engenharia. Entre seus parceiros estão as universidades de Stanford, Michigan, Penn e Princeton.
Muitas outras universidades de elite, incluindo Yale e Carnegie Mellon, estão entrando com tudo na internet. O presidente da Stanford, John Hennessy, resumiu a visão emergente num artigo de Ken Auletta na revista The New Yorker, “há um tsunami a caminho”.
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Casa sustentável da USP aproveita água da chuva e tem banheiro seco

Comentários/opinião
Eis uma inovação interessante, realmente. Espero que a moçada vá em frente e mostre que qualidade de vida não tem correlação direta com consumismo.
Matéria divulgada no IHU Notícias, 08-05-2012.
Cerca de 40 estudantes da USP estão construindo uma casa sustentável, que só consome a energia que ela própria produz.
A casa, batizada pelos alunos de Ekó House, tem painéis solares, sistema de aproveitamento da água da chuva, um aerogel nas paredes que funciona como isolante térmico e banheiro seco (que não usa água na descarga e sim a compostagem).
A reportagem é de Sabine Righetti e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 08-05-2012.
Só no vaso sanitário, a economia de água gira em torno de 150 litros por mês.
Até ficar pronto, o projeto, que está 80% concluído, terá consumido R$ 1,5 milhão.
O dinheiro veio de empresas. A principal financiadora da ideia é a Eletrobras.
"É caro, mas a casa funciona como laboratório de pesquisa sobre construção e desenvolvimento sustentável", diz a arquiteta e mestranda Bruna Mayer de Souza, que participa do projeto.
De acordo com ela, a ideia é que a casa fique exposta em junho na USP, com tudo funcionando. "Vai dar para lavar louça e roupa", conta.
Depois disso, a casa segue para Madri, onde participa de uma competição internacional com mais 19 equipes.
Na USP, o projeto conta com alunos que vão de iniciação científica a doutorado. Outras três universidades - UnicampUFRJ eUFRN- também participam.

Destino de lixo é inadequado, apesar de lei

Comentários/opinião
Os avanços podem estar ainda pequenos, mas é necessário persistir na busca de melhorias não apenas no destino do lixo, mas principalmente na produção do lixo mínimo possível, ou seja, na redução do maldito consumismo.
Matéria divulgada no IHU Notícias, 08-05-2012
Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos estar em vigor desde o final de 2010, ela ainda não está produzindo efeitos práticos na destinação do lixo gerado no País. Essa é a principal conclusão do levantamento anual da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A reportagem é de Giovana Girardi e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 08-05-2012.
Em 2011, das 55,5 milhões de toneladas de resíduos coletadas no ano, 58,06% (32,2 milhões) foram destinadas corretamente - em aterros sanitários. O restante (23,3 milhões) segue indo para lixões e aterros controlados, que não têm tratamento de chorume ou controle dos gases de efeito estufa produzidos em sua decomposição.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"Dilma deveria ser mais rápida e agressiva", diz economista heterodoxo

Comentários/opinião
Vejam só que despautério: trazer de tão longe um economista para dizer exatamente o que estamos cansados de ouvir e de saber. Até porque temos muitos analistas por aqui que vivem dizendo algo muito semelhante há muito tempo... Mas não são ouvidos nem pela Fiep nem pela maioria do deslumbrado e alienado povo brasileiro nem por muitos de nós mesmos, gente que se tem por bem informada e sabida.
Bem, mas esse meu ponto de vista, por si mesmo, dá um grande debate, que estou disposto a fazer. Neste espaço, porém, isso não é possível. Evidentemente.
Leia a matéria divulgada no IHU Notícias, 06-05-2012.
Um dos economistas heterodoxos mais famosos do mundo, o sul-coreano Ha-Joon Chang diz que a presidente Dilma Rousseff está "cautelosamente" abandonando a política macroeconômica de Lula. "Ela está se movendo na direção correta, mas as mudanças deveriam ser mais rápidas e agressivas", disse Ha-Joon ao Estado.
A entrevista é de Raquel Landim e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 07-05-2012.
Professor da Universidade de Cambridge, ele é autor do livro "Chutando a escada: estratégias de desenvolvimento em uma perspectiva histórica". Amanhã, o economista dará uma palestra a empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Europa em chamas III

A EUROPA ESTÁ EM CHAMAS CÍVICAS!!!

TODOS OS PROGNÓSTICOS FORAM CONFIRMADOS!!!


Parte da Europa se transvestiu neste DOMINGO VERMELHO, 6 de maio de 2012. Guardem bem essa data!


Comparem, por favor, os informes e comentários anteriores deste insignificante Blog com os informativos de hoje nas mídias internacionais e locais, isentas de interesses escusos dos lambe-botas tupiniquins.





domingo, 6 de maio de 2012

Europa em chamas II

Comentários/opinião
Recorro novamente às matérias da Carta Maior para dar suporte às minhas postagens sobre a importância do que ocorre na Europa neste momento, com relação a indícios de mudanças nos rumos e caminhos do capitalismo mundial. Dessa forma, é mais fácil e rápido do que traduzir e reproduzir as notícias de veículos internacionais mais independentes, isentos e merecedores de crédito. Como, aliás, algumas vezes como já tenho feito.
Tudo isso porque os noticiários da nossa mídia tupiniquim não dão destaque ao que está realmente ocorrendo por lá. Por que isso? Para não alarmar os gansos aqui na província e manter o grande público à margem de processos existentes que indicam fortes ameaças ao sistema podre e em crise. Sistema que eles defendem em causa própria, porque são sustentados por ele e, portanto, são seus caudatários.
Tal como outros analistas, tenho chamado o momento político-econômico europeu atual de Europa em chamas, porque é essa a imagem que me salta aos olhos.
Se não, vejamos. Na França, está consolidada a vitória dos socialistas; nas eleições proporcionais na Grécia emergem pequenos partidos radicais, tanto da esquerda como da direita, com a derrota dos lambe-botas do comando conservador da Merkel e do Sarkozy; na Espanha há uma reprovação ao governo conservador e ocorre uma feroz disputa nas eleições municipais; na Inglaterra também há um confronto muito sério com o primeiro ministro Cameron, no processo eleitoral municipal. E assim por diante.

O escrutínio da austeridade
Blog das frases e Carta Maior, 06-05-2012
Se alguém passou distraído por três décadas de domínio neoliberal, os últimos quatro anos ofereceram a oportunidade ímpar de acesso a um compacto eletrizante com as melhores (piores?) cenas do que é capaz a convergência entre finanças desreguladas e austeridade suicida. A vítima desse condensado pedagógico é o corpo social europeu mutilado por governantes armados do firme propósito de privilegiar bancos e credores, ao mesmo tempo em que sacrificam direitos, leis trabalhistas, serviços e investimentos públicos. 
As cenas finais dessa imolação tangida pelo chicote germânico de Angela Merkel mostram uma montanha desordenada de escombros sociais e políticos arrematada por 17 milhões de desempregados - recorde europeu no pós-guerra. O conjunto faz da UE hoje a sigla tenebrosa de uma empresa demolidora que devasta a mais sólida rede de conquistas da civilização imposta ao capitalismo pela luta progressista dos últimos 60 anos: o hoje esquelético Estado do Bem Estar Social europeu.
Sob o pó desse desmonte dois países vão às urnas neste domingo no escrutínio da austeridade suicida. São decisões locais, mas de alcance mundial: podem ampliar ainda mais a margem de manobra ideológica e política rumo a novo ciclo histórico. O que se joga nas urnas presidenciais francesas e na Grécia - que renova 160 cadeiras de seu parlamento também neste seis de maio - é o passo seguinte da maior crise do capitalismo desde 1929. E isso não tanto pelas alternativas difusas ao repto de uma direita que dobrou a aposta em direção aos icebergs apesar do oceano coalhado de corpos ao seu redor. Acima de tudo, uma derrota de Sarkozy e dos kamizazes gregos - perdendo a atual maioria - enviará uma mensagem encorajadora ao mundo, sobretudo aos governantes progressistas e às forças democráticas: não basta mais lutar a guerra do dia anterior; a denúncia e a execração do credo mercadista estão consolidadas nas urnas. 
Trata-se agora, na Europa como no Brasil e no resto do mundo de acelerar a construção das alternativas consequentes ao modelo que naufraga. Caso contrário, há o risco de se morrer na praia tragado pelo vácuo do afundamento conservador. Essa, felizmente, parece ser a percepção bem-vinda do governo Dilma, que registrou um importante salto político esta semana. Com intervalo de poucos dias, Dilma emparedou os bancos na esfera dos juros, removeu as amarras da poupança e promoveu um desagravo histórico a personagens e agendas progressistas que, a seu tempo e a seu modo, impulsionaram a luta pelo desenvolvimento brasileiro.
Postado por Saul Leblon – Blog das frases

terça-feira, 1 de maio de 2012

Europa em chamas: o capital explora, os governos se perdem, o povo reage

Comentários/opinião

As duas matérias abaixo, publicadas pela Carta Maior, justificam o meu título, acima. Sem maiores comentários, porque considero desnecessários.

Clique nos respectivos títulos dos artigos.

Modelo de austeridade de Merkel está em crise na Europa

As eleições na França e na Grécia, a queda do governo holandês e romeno, a recessão no Reino Unido, na Espanha e na Bélgica são sinais de um modelo econômico contra as cordas. Na reta final da campanha presidencial francesa, Angela Merkel se converteu na melhor aliada do candidato socialista François Hollande. A chanceler alemã rechaçou energicamente a proposta de Hollande de renegociar o pacto fiscal. "A Alemanha não decide o destino da Europa", respondeu Hollande.

O artigo é de Marcelo Justo, direto de Londres.


Ter um superávit muito superior e uma dívida pública muito inferior à da Alemanha não serviu de nada para a Espanha. Não protegeu o país da crise. Como pode, então, dizer-se agora que a maior causa da crise é o elevado déficit e a dívida excessiva, quando ter déficit zero e dívida pública baixa não evitou a crise atual? A resposta está na aliança que ocorreu entre a banca alemã e a banca espanhola.
O artigo é de Vicenç Navarro.
A grande debilidade do argumento neoliberal, que assume que o maior problema da economia espanhola é o déficit e a dívida pública do Estado espanhol, é que os dados, facilmente acessíveis, mostram a sua insustentabilidade. Quando a crise começou em Espanha, o Estado espanhol não tinha déficit. Antes pelo contrário, tinha um superávit, maior certamente que o que tinha o Estado alemão.