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terça-feira, 1 de maio de 2012

Europa em chamas: o capital explora, os governos se perdem, o povo reage

Comentários/opinião

As duas matérias abaixo, publicadas pela Carta Maior, justificam o meu título, acima. Sem maiores comentários, porque considero desnecessários.

Clique nos respectivos títulos dos artigos.

Modelo de austeridade de Merkel está em crise na Europa

As eleições na França e na Grécia, a queda do governo holandês e romeno, a recessão no Reino Unido, na Espanha e na Bélgica são sinais de um modelo econômico contra as cordas. Na reta final da campanha presidencial francesa, Angela Merkel se converteu na melhor aliada do candidato socialista François Hollande. A chanceler alemã rechaçou energicamente a proposta de Hollande de renegociar o pacto fiscal. "A Alemanha não decide o destino da Europa", respondeu Hollande.

O artigo é de Marcelo Justo, direto de Londres.


Ter um superávit muito superior e uma dívida pública muito inferior à da Alemanha não serviu de nada para a Espanha. Não protegeu o país da crise. Como pode, então, dizer-se agora que a maior causa da crise é o elevado déficit e a dívida excessiva, quando ter déficit zero e dívida pública baixa não evitou a crise atual? A resposta está na aliança que ocorreu entre a banca alemã e a banca espanhola.
O artigo é de Vicenç Navarro.
A grande debilidade do argumento neoliberal, que assume que o maior problema da economia espanhola é o déficit e a dívida pública do Estado espanhol, é que os dados, facilmente acessíveis, mostram a sua insustentabilidade. Quando a crise começou em Espanha, o Estado espanhol não tinha déficit. Antes pelo contrário, tinha um superávit, maior certamente que o que tinha o Estado alemão.

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