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domingo, 28 de julho de 2013

Médicos cubanos e "otras cositas mas"...

Comentários/opinião
Como seria extraordinariamente bom se no Brasil e no mundo os médicos – não apenas os cubanos e os de visão social e socialista -, entendessem e aplicassem o sentido HUMANO da medicina e não a transformassem em meio de apenas ganhar dinheiro. E muito!!!
Concomitantemente, como seria extraordinariamente bom se nós, brasileiros, pudéssemos ser como os cubanos, ou seja, querermos apenas viver felizes e em paz!!!
O problema, porém, reside no fato de que aqui o conceito de felicidade é outro: é ter muito dinheiro e, principalmente, que ele seja obtido de forma ilícita, anti-ética e anti-humana!
E quanto a viver em paz? Paz? O quê é, mesmo, isso? Por certo é um conceito que pouca gente entende e ninguém preza, nesse mundo atual e infernal que foi inventado pelos seus donos e exclusivamente para seus donos. E nós outros o que somos? Vaquinhas de presépio. Até quando?
Transcrevo a seguir duas matérias. Para pensar um pouco...

Matéria 01 - Carta de médico cubano, publicada no blog "VI O MUNDO", de Luiz Carlos Azenha
Meu nome é Juan Carlos Raxach, cubano, que desde 1998 escolhi o Brasil como meu país de residência, e sinto o maior orgulho de ter me formado, em 1986, como médico em Havana, Cuba.
É com tristeza e dor que vejo as notícias publicadas pela mídia e nas redes sociais, a falta de respeito e de solidariedade proveniente de alguns colegas brasileiros, profissionais ou não da área da saúde, que atacam e desvalorizam os médicos formados em Cuba como uma forma de justificar a sua indignação às medidas tomadas pelo governo brasileiro no intuito de melhorar a qualidade dos serviços do SUS.
A qualidade humana e a alta qualificação dos profissionais de saúde cubanos têm permitido que ainda hoje, quando o país continua a enfrentar graves problemas econômicos que se alastram desde os anos 90, após a queda do campo socialista da Europa do leste, os índices de saúde da população cubana seguem colocados como exemplo para o mundo.
São índices de saúde alcançados através do trabalho interdisciplinar e intersetorial desses profissionais.
Por exemplo, em 2012 a mortalidade infantil em Cuba continuava sendo 4,6 por cada mil nascidos vivos, menor que o índice de Canadá e dos Estados Unidos.
A expectativa de vida é de 78 anos para os homens e 80 para as mulheres.
E já em 2011 existia um médico a cada 143 habitantes.
Em 2012, a Dra. Margareth Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), reconheceu e elogiou o modelo sanitário de Cuba e destacou a qualidade do trabalho que realizam os profissionais de saúde e os cientistas cubanos, e felicitou as autoridades cubanas por colocar o ser humano no centro da sua atenção.
Não é desprestigiando nossos colegas de profissão, seja qual for o país onde tenha se formado, que vamos colocar em pauta e debater as verdadeiras causas da deterioração da qualidade dos serviços de saúde no Brasil.
Na hora de nos manifestar, o respeito, a solidariedade e a ética são necessários para estabelecer o diálogo e ir ao encontro da solução dos problemas.
Solidariamente,
Juan Carlos Raxach
Juan Carlos Raxach é assessor de projetos da Associação Brasileira Interdisciplicar de AIDS – ABIA

Matéria 02 – Texto recebido de um amigo, a quem dedico grande respeito.
NB – O Luiz da mensagem não se trata, especificamente, da minha pessoa. Porém eu me considero integrado na história.
Luiz. Cheguei ontem de Cuba. Fui sozinho e confesso que estava um tanto ou quanto preocupado com o que iria lá encontrar. Afinal são mais de 50 anos lendo e ouvindo tudo de ruim que a nossa Imprensa divulga daquela Ilha caribenha. Mesmo sabendo que quase tudo era mentira, pois a mídia brasileira é propriedade de poucas famílias riquíssimas e logicamente não veem com simpatia o regime cubano, mas é o tal negócio, a mentira repetida inúmeras veze vira verdade, eu realmente estava inseguro quanto o que haveria de encontrar naquele local "maldito".
Ao chegar no modesto aeroporto Jose Marti, chorei. De cara vislumbrei um povo pobre e nobre ao mesmo tempo. Parecia o Brasil das décadas de 40/50.
 Conheço e admiro Petrópolis, Paris, Rio de Janeiro, Madri, Roma, Buenos Aires, Nova York, Barcelona, Londres, Miami, Santiago do Chile E muitas outras. Afirmo: Nenhuma chega aos pés de Havana. Não só pela beleza arquitetônica, mas, principalmente, pelo clima de alegria, comportamento e patriotismo de seus cidadãos. Parece uma bagunça disciplinada...
Luiz, em Cuba quase todos os adultos têm curso superior, não se consome drogas, não existe favelas, todos moram em casas dignas, todos têm transporte grátis, educação e saúde de primeira qualidade. Não há necessidade de policiais nas ruas, pois não se rouba nem se mata.
Não existem miseráveis nem burgueses. É tudo classe média baixa. Não adianta ser rico pois artigos de luxo só em Miami ou Paris... Os muitos automóveis anos 50 americanos são mantidos com orgulho por seus proprietários por serem verdadeiros ícones da superação das dificuldades impostas pelos americanos ao longo de décadas. Você nem imagina a quantidade de sacanagens elaboradas pelos sucessivos governos dos Estados Unidos. Vão desde a pulverização de pragas sobre os canaviais e fungos nas plantações de tabaco até a introdução criminosa da dengue hemorrágica... Personalidades que lutaram contra o colonialismo e o imperialismo nas Américas e no Mundo são permanentemente reverenciados. Gente como Bolivar, Chaves, Che, Camilo Cienfuegos, Lenin, Hochimim, Raul, e principalmente Fidel são cultuados respeitosamente por velhos, jovens, mulatos, brancos negros e índios.

Simplificando e encerrando: Os cubanos só querem continuar vivendo felizes e em paz.

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