Comentários/opinião
Indubitavelmente,
tenho enorme admiração e respeito pelo professor Ildo Sauer, um permanente
estudioso das questões energéticas no Brasil, não apenas na questão do
petróleo. Também tenho admiração e respeito pelos seus posicionamentos, sempre sob
prioridade absoluta dos interesses do país.
Assim, não
é desmedida a minha concordância com a gravidade das suas observações e
denúncias a respeito do tema Libra,
não apenas no que se refere à questão do leilão – o qual por si só já é um
crime de lesa-pátria – mas por toda a burrice estratégica e a subserviência,
que a “doação” do pré-sal está desnudando.
É algo incrível que isso não esteja sendo percebido de modo muito claro!
Não pode ser por burrice! Só pode ser por má-intenção. E, portanto, trata-se de
um verdadeiro crime hediondo.
Veja-se abaixo
a parte final de entrevista e leia-se o inteiro teor no endereço anexo, do IHU Notícias de 02-10-2013.
Pré-sal e o embate geopolítico estratégico. A maior
privatização da história política do Brasil. Entrevista especial com Ildo Sauer
“Como
disse, Libra, na minha estimativa, vai custar entre 60 e 80
bilhões de dólares. Além disso, o governo precisa construir a cadeia produtiva
brasileira. Infelizmente o governo não se planeja, não expande a formação de
recursos humanos, a expansão da capacidade industrial brasileira, das áreas de
serviços. Não adianta criar essa situação que temos hoje: as empresas prometem
conteúdo nacional, não cumprem, a ANP as multa e acabou! Falta planejamento no país em
todos os níveis: educação, saúde, infraestrutura, nas cadeias produtivas da
área de energias, etc. O Brasil é um país que opera no dia a dia no improviso.
E isso ficou claro com a decisão de tentar queimar o Campo de Libra para resolver um pequeno problema
econômico das contas externas e das dívidas públicas. De maneira que o problema
financeiro é um mito que inventaram; não falta dinheiro para quem tem reserva
de petróleo certificada. O nível de endividamento da Petrobras é facilmente resolvível mediante um
modelo diferente de negócio, porque a lei permite. A lei não é boa, ela poderia
ser melhor, mas tem suficiente espaço para fazer uma política que garanta o
interesse nacional e o interesse público”.
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