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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Há alternativa entre privatizar ou colapsar?

Comentários/opinião
A matéria abaixo é magistral. No popular, poderia ser classificada como "matou-a-pau"!
Em adição, podemos informar aos que não sabem e reaviar a memória daqueles que se fazem de esquecidos, que o Estado brasileiro montou, de Vargas até a chegada dos "neoliberais", um sistema produtivo de bens e serviços públicos que chegou a corresponder a 1/3 do PIB. O que não era pouco! Hoje, as soluções são muitíssimo diferentes, mas os interesses e as necessidades das sociedades são as mesmas. E foram pioradas!
Por que? Entre outras coisas, porque os "capitalistas" da época ainda não haviam descoberto a "mina" de fazer dinheiro a curto prazo sem produzir sequer um palito de fósforo, como hoje ocorre. Ou seja, o capital disponível era escasso e o retorno dos investimentos era demorado. Restava, portanto, o Estado para enfrentar os desafios.
Todavia, essa discussão é longa e incômoda. E, além disso, poucos têm conhecimento, vontade e ... (quase ia dizendo um palavrão) suficientes para fazê-la.
Por Saul Leblon - Divulgado por Carta Maior, 10-02-2012
Malabarismos semânticos e críticas decepcionadas após a privatização dos três maiores aeroportos do país passaram ao largo de uma dimensão do problema que extrapola o divisor binário em torno do qual as manifestações batem ponto de forma legítima, mas previsível. Por que o Estado brasileiro, afinal, é incapaz de responder com solidez e prazos estritos às demandas da sociedade e às necessidades do desenvolvimento? Afinal de contas, a Infraero está apta a entregar até 2014 e 2016, a infra-estrutura capaz de acomodar o incremento da demanda local e o degrau extra adicionado pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas? 


Mais do que travar uma queda de braços em torno de convicções, seria importante debater por que chegamos a esse ponto. Ou melhor, porque esse ponto de desmantelo do aparelho estatal -fruto de décadas, talvez séculos, de captura pela lógica privada que o aniquila- persiste; e, mais que tudo, o que seria necessário para superá-lo.

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