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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Razões da visita de Dilma às obras da Transposição do S.Francisco em Floresta-PE

Comentários/opinião
Conheço um tanto da questão do projeto de transposição do São Francisco, tal como foi colocado e deflagrado no advento do PAC, no governo Lula, em 2007.
Na época, eu desenvolvia e coordenava o projeto do Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia  - Confea, intitulado “Pensar o Brasil e Construir Futuro da Nação”, e dediquei forte atenção ao tema da transposição, na forma em que estava sendo colocado. E minha visão pessoal já era bastante crítica.
Também elaborei o texto básico para uma manifestação formal do Plenário do Confea (25/04/2007), a qual definiu que o Confea “se insere no processo de discussão do tema do Rio São Francisco , sem dar ênfase especificamente  à questão da transposição, mas, sim, à questão  do desenvolvimento da região e do país”.
Também na época produzimos e distribuímos gratuitamente – assim como de outras temáticas de políticas públicas - um livro intitulado “Semi-árido, uma visão holística” , de autoria do filósofo, poeta e ativista social Roberto Malvezzi - mais conhecido nos movimentos sociais como Gogó - com evidente visão crítica da questão. Tanto que, na Introdução do livro, escrevi como última frase: “Os atores da História futura julgarão os construtores da História presente”.  Coisa bastante óbvia. Mas não teria sido, também, profética?
A matéria, sob o título acima está publicada no IHU Notícias, 11-02-2012.
Para os integrantes da CPT em Floresta/PE, a visita da presidenta Dilma às obras da Transposição foi uma tentativa estratégica de dar resposta às inúmeras críticas feitas ao megaprojeto e de provocar uma comoção nacional de que a obra não está abandonada.
A reportagem é do sítio São Francisco Vivo, 09-02-2012
Nesta quarta-feira, 08 de fevereiro, a presidenta Dilma esteve presente no município de Floresta, sertão de Pernambuco para visitar as obras da Transposição do Rio São Francisco. A visita durou pouco tempo e foi apenas para a maquete da obra exposta no Destacamento do Exército, localizado na Agrovila 06 e para o canal de aproximação que em tese vai captar água da barragem de Itaparica
O povo e as famílias que sofreram os impactos das obras na região se concentraram em frente ao Exército desde as 8h da manhã para ouvir algum pronunciamento da Presidenta sobre a situação dos atingidos. Saíram do local às 12h30, sem que Dilma, nem ninguém, se aproximasse para dirigir uma palavra às famílias. Apenas os seguranças, membros do Exército e assessores se encarregaram de afastar e impedir o acesso do povo ao local da visita. A indiferença durante toda a manhã deixou as famílias atingidas pelas obras da Transposição ainda mais revoltadas e decepcionadas com o Governo.

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