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quinta-feira, 8 de março de 2012

“Bancos e instituições financeiras comemoram a nova fraude previdenciária”

Comentários/opinião
A questão básica é menos a forma e as condições do que e de quem se arrecada e muito mais a finalidade e o destino da aplicação dos recursos arrecadados. Se fosse nos sistemas produtivos de bens e serviços necessários e úteis à sociedade, tudo bem. Porque o resultado reverteria em prol de todos, não apenas desses contribuintes, especificamente.  Entretanto, se a aplicação for no sistema financeiro especulativo e gerador de acumulação de capital – como é o caso –, tudo mal. Aí, trata-se da colocação da azeitona apenas na empada dos capitalistas. Ou seja, um desastroso absurdo. A minha opinião se estende aos militares. Por que com eles tem de ser diferente?
Em outras palavras: não podemos ver apenas a superfície, mas também o que está submerso.
Matéria divulgada no IHU Notícias, 08-03-2012

"A diferença básica entre os modelos de repartição e capitalização é que, em um deles, o da repartição, o futuro do pagamento dos benefícios depende das contribuições da geração que se encontra em idade economicamente ativa. No outro modelo, o futuro do pagamento depende do sucesso rentável das aplicações a serem feitas. No regime de repartição, o futuro é garantido pelo trabalho; no regime de capitalização, o futuro depende da especulação". O comentário é de Paulo Passarinho, economista, em artigo publicado no sítio Correio da Cidadania, 06-03-2012.
Eis o artigo.
O governo Dilma levou à frente na semana que passou o modelo previdenciário preconizado pelos bancos, com a aprovação, na Câmara de Deputados, do projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar dos servidores públicos federais – o Funpresp.
Este modelo teve o seu início com as mudanças efetivadas por FHC, principalmente no regime geral da previdência social, referente aos trabalhadores do setor privado. No governo Lula, esse processo prosseguiu com mudanças nas regras previdenciárias do regime próprio dos servidores. Uma dessas mudanças previa a criação deste fundo de previdência complementar, agora regulamentado pelo projeto aprovado na Câmara, e que terá ainda de passar pelo Senado Federal, antes da sanção presidencial.

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