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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Agrotóxicos: duas posições divergentes, na vizinhança...

Comentários/opinião
Como é difícil a vida, no capitalismo com ares de divindade que temos por aí, com suas crenças e descrenças. Coisas que eu gosto de resumir como dicotomias. Na verdade, são as absurdas contradições inerentes aos sistemas de poder pelo poder, seja ele qual for.
Vejam os dois exemplos a seguir, conforme divulgação no IHU Notícias, hoje, 30-08-2012.
1 – Na Argentina, de Cristina e Néstor (in memoriam)...
Na Argentina, uma condenação histórica contra o agrotóxico assassino
A Justiça de Córdoba condenou a três anos de prisão (que serão cumpridos em trabalhos sociais) um latifundiário e o piloto de um avião que fumigou plantações de soja numa região urbana. Dois componentes químicos – endosulfán e glifosato – foram espalhados, em 2004 e 2008, nas plantações de soja de Francisco Parra, vizinhas ao bairro de Ituzaingó, em Córdoba. Foi a primeira vez que a Argentina condena o uso de glifosato, produzido pela Monsanto.
O artigo é de Eric Nepomuceno e publicado por Carta Maior, 29-08-2012.
A Argentina é um país de julgamentos. Agora mesmo estão sendo julgados antigos ditadores, generais que ordenaram assassinatos e roubos de recém-nascidos, agentes das forças armadas e da polícia que participaram do terrorismo de Estado durante a ditadura cívico-militar que imperou entre 1976 e 1983. E, como se fosse pouco, um ex-presidente, o frouxo e confusoFernando de la Rúa (dezembro 1999-dezembro 2001), aquele que foi posto para fora por manifestações populares e escapou da Casa Rosada pelo telhado, está no banco dos réus, acusado de subornar senadores peronistas, de oposição, para que votassem a favor da nova legislação trabalhista.
2 – Enquanto isso, no Brasil, de Dilma e Lula...
Agrotóxicos estão contaminando rios do Pantanal
Pantanal Mato-grossense está cada dia mais prejudicado devido ao uso de agrotóxicos nas lavouras. A região, que desempenha um papel importante na conservação da biodiversidade, sofre com os resíduos de pesticidas no leito de rios, córregos, fundo de cachoeiras e lagoas no curso das águas.
A reportagem é do Portal Ciclo Vivo, 29-08-2012.
A situação foi detectada por pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso e da Embrapa Pantanal. Isso porque o Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e ao mesmo tempo em que produz em larga escala, o Estado aumenta a quantidade de venenos para conter as pragas.
O MT também lidera o consumo nacional de pesticidas, sendo o Brasil o país que mais usa agrotóxicos no mundo. Para se ter uma ideia, só na safra 2010/2011 foram utilizados 936 mil toneladas de agrotóxicos em plantações nacionais. A situação é preocupante para os órgãos de saúde e alimentação.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Análise de conjuntura apresentada na CNBB


Comentários/opinião
Está bastante interessante a análise de conjuntura da CNBB, com destaques para a questão internacional (Oriente Médio e América do Sul), para a nacional (dicotomias e desconexões do sistema político-econômico-ideológico brasileiro), para as lutas sociais e para as eleições.
Independentemente das opiniões – majoritariamente adequadas – trata-se de importante resenha a respeito de todos os aspectos acima.
Vale a pena ler. A matéria está reproduzida no IHU Notícias de hoje, 29-08-2012.

Ontem, dia 28-08-2012, na reunião do Conselho Episcopal de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, em Brasília, foi a apresentada a Análise de Conjuntura.
Eis a análise

Apresentação
A dificuldade de a primavera árabe chegar à Síria abre a conjuntura internacional. Em seguida, apresenta-se a grave crise de insegurança alimentar que vive o mundo, principalmente os países mais pobres.
Em nível latino-americano, menciona-se o modelo de desenvolvimento adotado no continente, as eleições presidenciais naVenezuela, a sua entrada controversa no MERCOSUL e o asilo diplomático concedido pelo Equador a Assange, criador do Wikileaks.
O difícil diálogo entre o Governo Federal com a agenda dos movimentos sociais inicia a conjuntura nacional. Logo após, aborda-se a campanha pelo Voto Limpo nas Eleições Municipais de 2012, como consequência da Lei da Ficha Limpa e daLei de Acesso à Informação, encerrando-se esse nível com uma avaliação crítica do julgamento do “Mensalão” no Supremo Tribunal Federal (STF).
No âmbito dos Movimentos Sociais, a análise faz referência à organização do 18º Grito dos Excluídos(as), com o tema em 2012 “Queremos um Estado a serviço da nação, que garanta direitos a toda população”, previsto para o dia 7 de setembro. Cita também os resultados do Encontro Nacional Unitário dos Povos do Campo, ocorrido entre os dias 20 e 22 de agosto em Brasília. Finalmente, apresenta na ótica do povo os desafios para o Brasil na realização da Copa em 2014 e dasOlimpíadas em 2016, após a conclusão dos Jogos Olímpicos em Londres, Inglaterra.

Suprema Corte chilena veta megaprojeto de Eike no norte do país

Comentários/opinião
É... parece que no Chile a Suprema Corte é realmente independente e serve aos interesses da sociedade, como mandam os princípios da democracia, "teórica". E lá, o Eike e "que-tais" não mandam. Ainda não, pelo que parece.

A Suprema Corte do Chile determinou ontem a paralisação do programa da central termelétrica de Castilla, o segundo maior projeto elétrico do país, e do porto a ela associado. Segundo o tribunal, a MPX, empresa controlada pelo brasileiro Eike Batista, e sua parceira, a alemã E.ON, terão de apresentar um novo estudo de impacto ambiental, que inclua tanto o porto quanto a central, se quiserem levar a obra adiante.
Em nota, a MPX reiterou "sua convicção de que o projeto cumpre plenamente as regulamentações ambientais vigentes". Mas afirmou que, "à luz da decisão proferida pela Corte Suprema do Chile, a companhia irá reavaliar sua estratégia de negócios no Chile".
A reportagem é de Fabio Murakawa e publicada pelo jornal Valor, 29-08-2012.
Castilla, a gigantesca usina a carvão que Eike Batista pretendia construir no deserto do Atacama, no norte do país, enfrenta há mais de dois anos uma batalha judicial para sair do papel. Do outro lado, está a Junta de Vizinhos do Totoral, uma comunidade de cerca de 60 famílias que se opõe ao projeto. A central geraria 2.100 MW, com investimento de US$ 5 bilhões.

domingo, 26 de agosto de 2012

Quem vai ganhar no ensino a distância

Comentários/opinião
O tema está virando onda e nova moda e modos de ganhar dinheiro fácil. E, como se vê, tem gente muito grande nisso, inclusive multinacionais. Portanto, deve ter vindo para ficar. É o progresso, dirão os incautos e gente desavisada, que acaba apoiando.
Quais os problemas? 1 - a queda na qualidade do ensino e, por consequência, da qualificação técnica; 2 – o que o sistema de controle profissional fará para não avalizar tal descalabro e carimbar qualquer profissional "wallita" como apto a prestar serviço à sociedade? 3 - Quem se responsabiliza pelas desgraças, depois que ocorrerem? 
4 - Tem gente fiscalizando? O MEC consegue fazer isso?
Se o processo pegar, a solução paliativa seria o exame de ordem, adicionado a um processo similar ao de carteira de motorista, ou seja, com revisão periódica.
Por que não evitar o problema na sua origem? Ora, tem a política, os grandes interesses, os...
Quem vai ganhar no ensino a distância
O mercado começa a discutir o futuro do ensino a distância (EAD), segmento que nos últimos cinco anos praticamente triplicou de tamanho e hoje já conta com cerca de 1 milhão de alunos. Uma das tendências em debate é a substituição do atual modelo por cursos de graduação ministrados totalmente por meio da internet - modalidade em que o aluno só precisa comparecer à sala de aula para as provas ou disciplinas práticas.
A reportagem é de Beth Koike, publicada no jornal Valor, 24-08-2012.
Atualmente, pelo formato mais usual, além de acessar o conteúdo pela web de casa, o estudante vai aos polos das instituições espalhados pelo país assistir a aulas ministradas ao vivo por videoconferência (transmitidas via satélite). Em cada sala, há um tutor que envia as dúvidas dos estudantes ao professor. O conteúdo pedagógico fica disponível na internet para consultas posteriores e o aluno também pode enviar suas dúvidas.
Os consultores especializados em educação Carlos Monteiro, João Vianney e Ryon Braga acreditam que o setor vive hoje um período de transição e que a partir de 2015 começará uma migração para cursos de graduação realizados exclusivamente pela web. "Daqui alguns anos haverá uma concorrência entre cursos transmitidos pela internet e por satélite", disse Carlos Monteiro, sócio da consultoria CM. "O custo de cursos pela internet é muito menor", afirma Ryon Braga, fundador da Hoper

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Quem calcula os custos do automóvel nas cidades?

Comentários/opinião
Os comentários são dispensáveis, o texto por si só se explica. Minha opinião, nada redical já é conhecida: fora carros, fora caminhões, fora tudo o que depender de petróleo, chega de ser gigolô dos coitados dos animaizinhos fósseis!

"A cidade perde R$ 55 bilhões anuais com congestionamentos", informa Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 24-08-2012.
Segundo o jornalista, "hoje 70% do espaço público já é destinado ao transporte, embora apenas de 20% a 40% dos habitantes usem automóveis".
Segundo ele, "não precisamos esperar que o drama se agrave, com a frota atual de veículos no País passando dos 37 milhões atuais para 70 milhões no fim desta década. Por mais complicada que seja, essa é uma tarefa para hoje".
Eis o artigo.

Parece inacreditável, mas o alarme vem das montadoras de automóveis - as mais interessadas em vender seus produtos. Texto de Cleide Silva na edição de 13/8 deste jornal informa que o "excesso de automóveis (mais 80 milhões de veículos no mercado global este ano) já preocupa as montadoras no mundo" e por isso "o trânsito nas megacidades leva fabricantes a incentivar debate sobre saída para o caos". Nesta mesma hora, o tema mal chega às campanhas para as eleições municipais no Brasil. E em São Paulo, embora documentos da Prefeitura mencionem a possibilidade de instituir a cobrança do pedágio urbano e haja até projeto a esse respeito na Câmara Municipal (Estado, 1.º/8), não há intenção concreta de avançar nesse rumo neste final de gestão.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

“A desordem no mercado financeiro é contra o homem"

Comentários/opinião
Concordo com a advertência do Khair, mas discordo, em parte, da sua opinião sobre o governo brasileiro.
O governo Lula realmente acertou ao promover o incremento do consumo por ocasião do auge da crise explodida em 2008. Porém, todos os últimos governos brasileiros, inclusive o atual, nada fizeram com referência ao problema da dívida pública - e/ou assumida como tal -, bem como com a política de doação de quase a metade do orçamento público para o sistema financeiro. Processo danoso, que é uma das causas mater de todas as mazelas nacionais - inclusive e principalmente – a alegada "falta" de recursos para coisas básicas (educação, saúde, habitação, infraestrutura, etc)  
Isso constitui, simplesmente, crime de lesa-pátria. Em outros tempos em outras partes do mundo ele era punido de forma muito radical. A continuar nesse rumo, corre-se o risco de termos, também nós, brasileiros, de apelar para a irrecusável necessidade de ações revolucionárias e até – por que não? - de algumas "barbáries". Aliás, é o que merecem todos aqueles que se locupletam com o suor e o sangue do povo. Qualquer povo.

“A desordem no mercado financeiro é contra o homem”
“O sistema financeiro está sendo vítima de si próprio e de certa forma eu gosto disso”, diz o especialista em finanças públicas, Amir Khair. Neste momento de crise do capitalismo, em que diversas vozes têm reivindicado uma mudança de rumo, ele prevê que serão feitas algumas exigências aos bancos, mas é cético em relação à tão cobrada regulação do mercado financeiro.
Em entrevista à Revista Princípios, ele afirma que regular o mercado financeiro significa, “de certa forma, quase que uma etapa final do capitalismo. Porque o capitalismo pressupõe, na sua essência, plena liberdade”.
Ex-secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo na gestão de Luiza Erundina, ele destaca que, apesar de o capitalismo viabilizar - por meio da concorrência - uma redução de custos do consumo, por outro lado, ele é “um destruidor de empresas e de trabalhos”, já que nesse sistema vale a regra do cada um por si.
Para Khair, a crise não deve se encerrar em breve. E, ao analisar os impactos das turbulências da economia, ressalta a situação do Brasil que, sob os governos de Lula e Dilma, estimulou o consumo interno, fazendo com que o país ficasse menos dependente do mercado internacional. “Vejo com muita reticência quando se pauta a economia num mercado externo, completamente fora de controle, portanto sujeito às crises do capitalismo. O país que se amarra nesse processo corre riscos maiores”, defende.
Segundo o consultor nas áreas fiscal, orçamentária e tributária, o fio condutor do crescimento econômico do Brasil não é o investimento, mas o consumo. Nesse sentido ele afirma: “Lula, embora não seja um economista, deu uma lição em vários economistas. Ele percebeu que há um subconsumo e promoveu políticas articuladas com as centrais para que o salário mínimo acompanhasse o crescimento do país”.
Leia a entrevista completa na edição de número 119 da Revista Princípios. Para adquirir a revista, entre em contato com a Editora Anita Garibaldi.
Rua Amaral Gurgel, 447 - conjunto 31 - Vila Buarque - CEP 01221-001 - São Paulo/SP - Telefone/Fax: (11) 3129.3438
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Sinais dos tempos


Comentários/opinião
Realmente, um bom sinal dos tempos. Melhor seria se fosse um "sinal de bons tempos", o que, infelizmente, ainda não é verdade.
Apenas um reparo: o Emir fala que a atitude do governo Correa, do Equador, foi apoiada pelos governos latino-americanos. Não me consta que o governo brasileiro o tenha feito. Ficaria feliz se estivesse equivocado nessa percepção.
Eis o artigo do Emir Sader, postado no seu Blog em 19-08-2012 – 21:35.
Sinais dos tempos
A crise diplomática gerada pela aceitação do asilo de Julian Assange pelo Equador reflete as novas condições do mundo contemporâneo. Em primeiro lugar, porque as mídias alternativas conseguiram grande vitória sobre o segredo diplomático das grandes potências, logrando colocar à disposição da opinião pública mundial mais de 5 mil documentos até ali considerados secretos.
Em segundo lugar, porque ao tentar fazer recair sobre o principal responsável por essa divulgação, Julian Assange, o peso da repressão e da censura, se viram às voltas com a solidariedade do governo do Equador, dos governos latino-americanos e de várias outras forças da própria Europa. Não puderam evitar, apesar das bravatas do governo britânico, o asilo de Assange na Embaixada do Equador e ainda tem que sofrer a campanha de protestos pela sua atitude e a favor do salvo-conduto que Assange necessita para seguir para o Equador.
Em terceiro lugar, um país progressista latinoamericano não apenas peitou o governo britânico, como aparece como território de abrigo de alguém que passou a representar a liberdade de expressão no mundo, enquanto que a Grã Bretanha aparece como seu perseguidor.
Em quarto lugar, a Grã Bretanha, com a atitude do seu governo, já é e continuará sendo objeto de campanhas no seu próprio país e em vários outros países do mundo, pela liberdade de Assange e contra a atitude do governo britânico.
Ao tomar a atitude que toma, o governo da Grã Bretanha faz uma aposta muito perigosa: a de ter que suportar, por tanto tempo quanto pretenda retardar o salvo-conduto para Assange, campanhas mundiais contra sua posição e a favor de Assange.
Se juridicamente o governo britânico pode retardar por um tempo indefinido a saída de Assange da embaixada equatoriano na direção do país que lhe concedeu asilo, a questão será decidida pelo grau de desgaste que a Grã Bretanha está disposta a sofrer por essas campanhas. Ela pode sustá-las concedendo de imediato o salvo-conduto a Assange ou ter que finalmente concedê-lo, quando esse desgaste já tenha se dado por um tempo mais ou menos longo.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Forbes ironiza preços da Chrysler no Brasil e quem busca status em carro caro

Comentários/opinião
É... é isso daí... Será necessário falar mais, dissertar sobre o assunto?
Aconselho ler comentários que neste momento, 10:30 de hoje, 13-08-2012, já eram mais de 600!

13/08/2012 - 00h03 / Atualizada 13/08/2012 - 01h13
Do UOL, em São Paulo (SP)

Jeep Grand Cherokee: nos EUA é carro de classe média baixa; no Brasil, só o bacana tem...

Um jornalista da versão online da revista americana Forbes, especializada em finanças e muito conhecida por compilar listas das maiores fortunas do mundo, escreveu um artigo em que ataca o preço excessivo cobrado no Brasil por modelos da Chrysler. Especificamente, citou o Jeep Grand Cherokee, já à venda no país, e antecipou crítica ao futuro preço do Dodge Durango, que só deve ser mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro.
Jeep e Dodge são marcas do grupo Chrysler, hoje controlado pela Fiat.
"Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com grades folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil esse é o preço de um básico".

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Onda de greves se alastra e desafia governo Dilma

Comentários/opinião
Não quero assustar quem quer que seja – especialmente os crentes – mas será que a batata está assando? Não a batata da dona Dilma e do seu Lula, mas das suas concepções políticas de "concertação" por cima, pelas cúpulas e das suas versões modernas do "um pouco de pão e um pouco de circo" para os pobres, enquanto é promovido o banquete dos ricos? Será que acham que isso resolve?
Será que as labaredas, que assustaram e assustam a Europa e os EUA, estão atravessando o Atlântico ou golfo do México e estão chegando ao "Brasil das Mil e Uma Maravilhas?
Será que esse pessoal que habita ou frequenta o Palácio do Planalto, versão moderna do Versalhes do século 18, consegue perceber algo um pouquinho alem dos seus narizes, dos seus talões de cheques, dos seus extratos bancários "off-shore", nos paraísos fiscais?
Em 09/08/2012 - 05h30
Onda de greves se alastra e desafia governo Dilma
Por Flávia Foreque, Johanna Nublat, Kelly Matos e Natuza Nery – De Brasília
A greve dos servidores federais ganhou ontem a adesão de policiais rodoviários e ameaça se tornar a paralisação mais ampla do funcionalismo desde o começo do governo Lula (2003-2010), desafiando a gestão da presidente Dilma Rousseff.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mercosul em dose dupla

Comentários/opinião
Abaixo, estão plotadas duas matérias, divulgadas pela Carta Maior, a respeito do Mercosul, as quais se agregam a uma recente análise do embaixador Pinheiro Guimarães. São muito pertinentes para desmistificar opiniões depreciativas que são divulgadas seguidamente para depreciar o avanço da articulação regional. Que tem andado muito devagar, é verdade, mas está andando.
Mercosul: Integração e desenvolvimento
A entrada para o Mercosul tornou-se estratégica para a Venzuela. A possibilidade que agora se abre é a de transcender a integração comercial, passando a uma nova fase: a integração produtiva. Os governos brasileiro e venezuelano, especialmente por meio da missão do IPEA em Caracas, vêm promovendo iniciativas de fortalecimento e complementação industrial em diversas áreas, sobretudo na fronteira e na Faixa Petrolífera do Orinoco. O artigo é de Luciano Wexell Severo e Paulo Vitor Sanches Lira.
Luciano Wexell Severo (*) e Paulo Vitor Sanches Lira (**)
Em geral, as opiniões da chamada grande mídia contra a entrada da Venezuela no Mercosul tem como base argumentos que não se sustentam quando postos à prova. Muitos “analistas” optam por desenvolver interpretações da situação política, social ou econômica do país vizinho baseados em relatórios de instituições pouco confiáveis ou até mesmo em ONGs sediadas nos países centrais. Entendemos que o caso merece análises muito mais sérias e abrangentes.

Mercosul deixa de ser um projeto centrado no Cone Sul
Em entrevista à Carta Maior, o embaixador Antonio José Ferreira Simões, Subsecretário-Geral da América do Sul, Central e do Caribe, analisa a crise político-institucional no Paraguai, o ingresso da Venezuela no Mercosul, o atual estágio do processo de integração regional e os novos desafios para a política externa brasileira. O ingresso da Venezuela dá novo contorno geopolítico ao Mercosul, que deixa de ter um projeto centrado no Cone Sul e amplia sua capacidade de irradiação para o Caribe e para a América Central, destaca o embaixador.
Da Redação
"É preciso que a sociedade brasileira se conscientize do que significa ser a 5ª economia do mundo. Grande parte da população ainda tem uma imagem do Brasil como país periférico, de menor importância no cenário internacional. Mas essa imagem é totalmente equivocada. O Brasil, ao lado dos Estados Unidos e da China, são os únicos três países que estão, ao mesmo tempo, na relação dos dez países de maior território, dos dez países mais populosos e dos dez países com maior PIB no mundo. O principal desafio da diplomacia brasileira é, portanto, mostrar à sociedade brasileira que o Brasil precisa ter uma atuação externa à altura de sua potencialidade econômica, política e social". 
A avaliação do embaixador Antonio Simões fornece a moldura geral de sua análise sobre os mais recentes episódios envolvendo o processo de integração regional. O modelo de integração do MERCOSUL, defende o diplomata brasileiro, é distinto do modelo europeu que atualmente atravessa grave crise. "Aqui, optamos por um processo de integração em que, mais importante do que haver uma economia-âncora, é que as sociedades de todos os países estejam envolvidas no processo de integração".

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mais de 60% dos municípios estão longe da meta para resíduos sólidos

Comentários/opinião
Que extraordinário avanço: em quatro anos, apenas 35 novos municípios passaram a dar destino adequado aos resíduos sólidos! Fantástico!
Outra coisa: essa tal história de estabelecer metas para outros cumprirem, sem penalidades para os descumpridores, é algo destinado a ficar no papel.
Matéria divulgada no IHU Notícias de hoje.
Mais de 60% dos municípios estão longe da meta para resíduos sólidos
A dois anos do prazo, a instalação de aterros sanitários em todas as cidades brasileiras ainda precisa atingir 3.371 municípios, que adotam destinação considerada inadequada para seus resíduos sólidos. Com 60,6% dos 5.565 municípios do país utilizando lixões e aterros controlados - terrenos sem condições técnicas - a tendência é que a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) seja adiada em alguns anos.
A reportagem é de Guilherme Soares Dias e publicada pelo jornal Valor, 03-08-2012.
 Caso a média de crescimento do setor nos últimos cinco anos seja repetida, a meta só será atingida em 150 anos. De 2007 a 2011, o número de cidades que adotou destinação correta para os resíduos sólidos cresceu 1,67% (0,33% ao ano em média). Em 2007, haviam 2.159 municípios com aterros sanitários instalados e em 2011 esse número passou para 2.194.
 De acordo com panorama dos resíduos sólidos, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 56% dos 61,9 milhões de toneladas de resíduos gerados em 2011 seguiram para aterros sanitários, enquanto 41,9% foram destinados para lugares inadequados.